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22 de jun. de 2012

RIO +20: POUCO PROGRESSO, APÓS 20 ANOS




[Baseado em postagem do site da BBC, Londres – 22 de junho de 2012]

Ban Ki-moon, Secretário Geral da ONU, apela para os governos (cerca de 130 chefes de estado presentes) para eliminar a fome no mundo. A avaliação geral, dos participantes de governos, é de que o encontro “careceu de liderança”. O primeiro-ministro inglês, Nick Clegg, classificou-o como “insípido”.

O objetivo principal do encontro, 20 anos após o ocorrido no governo de Fernando Henrique Cardoso e após 40 anos do encontro de Estocolmo, foi o de traçar rumos para uma “economia verde”. Mas os principais negociadores colocaram este item apenas como “uma possibilidade”.

Embora se possa afirmar que hoje exista mais alimento do que 20 anos atrás, a fome no mundo é maior do que quando os líderes se encontraram no Rio em 1992. Fernando Henrique afirmou: “Esta velha divisão entre meio ambiente e desenvolvimento não é o caminho para solucionar os problemas que estamos criando para nossos netos e bisnetos. Temos que aceitar que as soluções para a pobreza e a desigualdade residem no desenvolvimento sustentável e não no crescimento a qualquer custo”.

Acesso à água, alimento e energia pelos pobres no mundo inteiro era o grande passo esperado neste encontro pelo secretário Ban Ki-moon. Estima-se que hoje, quase 1 bilhão de pessoas (um sétimo da população mundial) viva com “fome crônica” e que 1 bilhão não receba alimentação adequada. Tanto nos países ricos como nos países em desenvolvimento, cerca de um terço da produção de alimentos, por diferentes razões, é perdida.

A imprensa brasileira divulgou as palavras de decepção do secretário sobre o encontro, que talvez por “pressão da diplomacia brasileira” modificou sua opinião posteriormente, afirmando que resultados positivos foram obtidos.
No geral, penso eu, pior teria sido se nenhum encontro nesse sentido a que se propôs o Rio+20 tivesse acontecido. Algo deverá ficar na mente dos reais mandatários dos destinos da humanidade, mesmo que a maior evidência seja “os protestos generalizados das sociedades pelos pobres resultados obtidos”.
Algumas entidades, empresas e governos em encontros paralelos, firmaram mais de 200 compromissos de ações voluntárias em diversas áreas relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

Será que vamos ter que esperar mais 20 “aninhos”, quando a população humana no planeta chegar aos 8,3 bilhões!? Fala-se muito em falta de acesso à água, alimento e energia. Moradia não parece ter sido ponto de reivindicação de destaque. Nem tampouco acesso à saúde, educação... à qualidade de vida, enfim.

Espero que esse quadro mude, por razões que por enquanto ignoro completamente. Eu, pessoalmente, preciso ser mais otimista, ou “menos pessimista”!!!


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