por Aldem Bourscheit
Brasília (DF) - A falta de sintonia política entre Brasil e França está ampliando impactos socioambientais na fronteira entre os dois países. Há um ano, militares franceses foram mortos a tiros por uma quadrilha envolvida no garimpo ilegal de ouro. É o que denuncia carta assinada por parlamentares e organizações não governamentais européias, publicada na última semana no jornal Le Monde e em agências francesas de notícias. Confira a íntegra no atalho ao lado.
Os militares mortos em 26 de junho de 2012, um cabo de 32 anos e um ajudante de 29 anos, integravam a operação Harpia contra o garimpo clandestino regional. Dois outros policiais, também franceses, ficaram feridos.
Em abril daquele ano, cerca de 100 garimpeiros brasileiros foram presos na Guiana Francesa. Em 2010, outros 1.500 estrangeiros em situação irregular haviam sido presos. A corrida do ouro ganhou força com a alta do preço do minério no mercado internacional após a crise financeira de 2008 e aumento da demanda por joias em países emergentes como a Índia.
Em 24 de junho passado, um barqueiro brasileiro foi morto por um policial francês, no território da Guiana. Ele estaria transportando produtos clandestinos para um garimpo.
Além das situações de violência, muito mercúrio flui do garimpo ilegal de ouro. A substância extremamente tóxica à saúde é usada para apartar o ouro de outros materiais, mas acaba se disseminando no ambiente, na carne de peixes e de outros elos das cadeias alimentares.
Para produzir um quilo de ouro, os garimpeiros clandestinos chegam a usar um quilo de mercúrio. A Rede WWF estima que 30 toneladas de mercúrio sejam descartadas no ambiente natural das Guianas a cada ano, inclusive dentro de áreas protegidas e terras indígenas.
Brasília (DF) - A falta de sintonia política entre Brasil e França está ampliando impactos socioambientais na fronteira entre os dois países. Há um ano, militares franceses foram mortos a tiros por uma quadrilha envolvida no garimpo ilegal de ouro. É o que denuncia carta assinada por parlamentares e organizações não governamentais européias, publicada na última semana no jornal Le Monde e em agências francesas de notícias. Confira a íntegra no atalho ao lado.
Os militares mortos em 26 de junho de 2012, um cabo de 32 anos e um ajudante de 29 anos, integravam a operação Harpia contra o garimpo clandestino regional. Dois outros policiais, também franceses, ficaram feridos.
Em abril daquele ano, cerca de 100 garimpeiros brasileiros foram presos na Guiana Francesa. Em 2010, outros 1.500 estrangeiros em situação irregular haviam sido presos. A corrida do ouro ganhou força com a alta do preço do minério no mercado internacional após a crise financeira de 2008 e aumento da demanda por joias em países emergentes como a Índia.
Em 24 de junho passado, um barqueiro brasileiro foi morto por um policial francês, no território da Guiana. Ele estaria transportando produtos clandestinos para um garimpo.
Além das situações de violência, muito mercúrio flui do garimpo ilegal de ouro. A substância extremamente tóxica à saúde é usada para apartar o ouro de outros materiais, mas acaba se disseminando no ambiente, na carne de peixes e de outros elos das cadeias alimentares.
Para produzir um quilo de ouro, os garimpeiros clandestinos chegam a usar um quilo de mercúrio. A Rede WWF estima que 30 toneladas de mercúrio sejam descartadas no ambiente natural das Guianas a cada ano, inclusive dentro de áreas protegidas e terras indígenas.
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