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8 de jan. de 2015

A ETERNA "MISS DESMATAMENTO" OU "RAINHA DA MOTOSSERRA"(RECEBI DO GREENPEACE BRASIL E REPASSO)


Olá Breno,

Em sua primeira entrevista como nova ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, a eterna  Miss Desmatamento, mostrou que segue representando os interesses dos segmentos mais atrasados do agronegócio brasileiro, e que usará sua gestão para beneficiá-los ainda mais, em detrimento da preservação do meio ambiente. 

Uma das principais lideranças da bancada ruralista no Congresso Nacional, ela também não se preocupou em declarar abertamente que sua gestão continuará desvalorizando a diversidade socioambiental e cultural do País. Usando falácias, como dizer que o latifúndio no Brasil “não existe mais”, ela reforçou seu preconceito, desconhecimento e desinteresse com relação às parcelas menos favorecidas da sociedade, como assentados, comunidades sem terra e povos indígenas. 

Agora no alto escalão do poder Executivo, ela demonstra que continuará sendo uma das representantes de maior peso daqueles a quem chama de “grandes produtores”, mas que não alcançaram os patamares mínimos de produtividade, desmatam a floresta e utilizam trabalho escravo. 

Já que a nova ministra não está preocupada com isso, nós estamos. E é para mudar essa realidade que lutamos pela aprovação da lei do Desmatamento ZeroVocê que já assinou a petição popular, compartilhe com amigos e repasse essa ideia. Por aqui, nós seguiremos de olho nos mandos e desmandos de Kátia Abreu, cobrando para que ela não faça da agricultura brasileira um trampolim para a destruição do Brasil. Não fique parado! Compartilhe com seus amigos:

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7 de jan. de 2015

KATIA ABREU VERSUS MOVIMENTOS SOCIAIS, INDÍGENAS, MEIO AMBIENTE... NENHUMA NOVIDADE

E isso é só o começo!!!

Movimentos sociais reagem às declarações de Kátia Abreu sobre latifúndio e indígenas



MST e Cimi mostram indignação com entrevista da recém-empossada ministra da Agricultura e antecipam diálogo difícil entre interesses do agronegócio e questão fundiária

Ministra amplia polêmica por sua indicação à Agricultura ao dizer que 'latifúndio não existe mais'


Movimentos sociais ligados à questão agrária e indígena reagiram com indignação às declarações da recém-empossada ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, divulgada nesta segunda (5), afirmou que, no Brasil, “latifúndio não existe mais” e que os conflitos entre agricultores e povos originários ocorrem porque “os índios saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção” (sic).

Na polêmica entrevista, a ministra nomeada dentro do que os meios de comunicação chamam de “cota pessoal de Dilma Rousseff” diz que recebeu da presidenta reeleita a missão de “revolucionar” o agronegócio. Prometeu “criar uma nova classe média no campo”, ainda que tenha “que fazer igual babá, decidir o que vai produzir”. E afirmou que o governo irá construir hidrovias para a iniciativa privada tocar. “Temos de apostar tudo na privatização”, ressaltou.

A reação foi imediata. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) trancou as principais rodovias de Mato Grosso do Sul (as Brs 163, 267 e 262), como parte da mobilização iniciada desde a posse da nova ministra, em 1/1. Além de reivindicar reforma agrária imediata, o movimento contesta a nomeação da ruralista, ex-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que, segundo ele, representa o que o Brasil tem de mais atrasado no setor.

De acordo com o MST, Kátia Abreu tem raízes em um segmento que tem a terra como um instrumento de poder e reserva de patrimônio, sem vocação para a produção, sem qualquer responsabilidade com a preservação do meio ambiente e que vê no fortalecimento da agricultura uma oportunidade para especulação, tanto para vender a propriedade como para o arrendamento.

“Atualmente temos 90 mil famílias do MST acampadas em todo o país, mais de três mil no estado [MS], hectares sem fim do latifúndio que podem virar assentamentos. Não podemos fechar nossos olhos para a necessidade de irmos às ruas exigir a reforma agrária popular e democrática. Queremos a terra e condições dignas para produzirmos”, esclareceu Marina Ricardo Nunes, da coordenação nacional do MST.

Latifúndio sim Na sua página oficial, o MST contra argumentou a posição da nova ministra de que no país não há mais latifúndio. Segundo o movimento, o cadastro de imóveis do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aponta, inclusive, que a concentração de terra e a improdutividade vem crescendo.

Pelo levantamento, feito a partir de auto-declaração dos proprietários, os latifúndios ocupam 55,8% do total de áreas, número que cresceu 48,4% entre 2003 e 2010. Os dados mais recentes apontam que 130 mil proprietários de terras concentram 318 milhões de hectares. Em 2003, eram 112 mil proprietários com 215 milhões de hectares. Portanto, são mais de 100 milhões de hectares nas mãos de poucos.

Ainda de acordo com o estudo, os latifundiários possuem, em média, 2,4 mil hectares de terras cada. E um hectare de terra corresponde a pouco mais do que um campo de futebol. Portanto, é, sim, muita coisa. O levantamento mostra também que, desse total de terras concentradas nas grandes propriedades, 40% são improdutivas.

Indigenistas Em nota, o Conselho Missionário Indigenista (Cimi) repudiou a afirmação da nova ministra de que são os índios que invadem as terras produtivas, classificada por ele de “ridícula”, “esdrúxula” e “tão descabida e desconectada da realidade do nosso país só pode ser fruto de uma total ignorância e de uma profunda má fé”.

“Quem realmente conhece a história de nosso país sabe que não são os povos indígenas que saíram ou saem das florestas. São os agentes do latifúndio, do ruralismo, do agronegócio que invadem e derrubam as florestas, expulsam e assassinam as populações que nela vivem”, diz o documento.

O Cimi condenou também as afirmações de Kátia Abreu que negam a necessidade da reforma agrária. “Não satisfeita em atacar, bem no início do ‘novo’ governo Dilma, os povos indígenas, a representante do latifúndio tenta ainda pôr uma ‘pá de cal’ sobre o inexistente processo de reforma agrária no Brasil e esgrime descaradamente a tese de que no Brasil não existiria mais latifúndio”, sustentam.

Na avaliação do movimento, “a ministra Kátia Abreu, além de revelar prepotência e cinismo, demonstra claramente que está no governo Dilma para pisotear os direitos daqueles que lutam pela distribuição equânime da terra, pelos direitos dos povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, camponeses e pelo meio ambiente”.

O Cimi também critica a presidenta reeleita, Dilma Rousseff por não atender às manifestações de amplos setores da sociedade brasileira que se pronunciaram contra a nomeação de Kátia Abreu e convocam os movimentos sociais à luta. “O latifúndio, o ruralismo e o agronegócio não têm limites. Diante de tamanha insensatez e insensibilidade, não resta outra alternativa aos povos senão dar continuidade ao processo de articulação, mobilização e luta em defesa de suas terras e de suas vidas”, conclui a nota.

6 de jan. de 2015

ESPERANÇA PARA A ARARINHA-AZUL

Ararinhas-azuis: filhotes brasileiros e quiçá uma UC
Vandré Fonseca - 23/12/14

Reproduzido de www.oeco.org.br


 O Ano Novo traz uma grande esperança para dois filhotes de ararinhas-azuis, nascidos há dois meses no cativeiro no interior de São Paulo: a possibilidade do governo federal criar uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável com 44 mil hectares, em Curaçá (BA), região onde viviam os últimos da espécie em vida livre. A proposta da reserva já está pronta e a criação já foi até anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente, em maio. Agora só falta virar realidade.

As ararinhas-azuis nasceram entre os dias 25 e 27 de outubro, no interior de São Paulo, em uma instituição privada, o criadouro científico Nest, que tem o endereço sigiloso por questões de segurança. São os primeiros filhotes a nascer no Brasil, desde o ano 2000. A intensão é reproduzir a espécie em cativeiro até atingir um número suficiente para que seja feita a reintrodução no ambiente natural. A expectativa é chegar a 150 aves em cativeiro antes de iniciar a soltura, prevista para acontecer até 2021.

O diretor de Conservação da Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (Save Brasil), Pedro Develey, explica que nessa região da caatinga se destacam as matas ciliares, com caraibeiras, uma espécie de ipê que chega a 20 metros de altura. "Elas tem porte necessário para suportar cavidades de tamanho suficiente para o ninho de uma ararinha", explica. Além disso, é uma região bem conservada, situação diferente de áreas próximas ao município de Juazeiro (BA) ou a outra margem do rio São Francisco, em Pernambuco, que já estão bastante degradadas.

A área protegida serviria também para proteger outros animais da caatinga, que ainda são encontrados por lá, como o tatu-bola. "A ararinha acaba sendo uma bandeira para outras espécies", afirma Develey. De acordo com ele, a proposta de ser um Unidade de Uso Sustentável se deve a presença de população humana e à criação de cabras na região. "Não tem como tirar as pessoas de lá e isolar a área. E não vamos conseguir tirar todas as cabras dali", explica Develey. "A idéia da integração é possível e aí você vai ter as pessoas como aliadas. Vão ver que a Unidade de Conservação ali foi positiva", completa. Entre as propostas, estão a concessão da bolsa verde a moradores da região.


A ararinha-azul teve sua população dizimada principalmente devido ao tráfico de animais. Hoje, existem 99 em cativeiro, 13 no Brasil, incluindo os filhotes. O projeto de reintrodução é coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres do ICMBio (Cemave) e conta com parceria da Vale e organizações sem fins lucrativos, como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (Save Brasil). A última reprodução em cativeiro no Brasil havia ocorrido há 14 anos, quando nasceu Flor, mãe dos dois filhotes nascidos em outubro. A Al-Wabra Preservação da Natureza, do Catar, e Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP, em inglês) e a Fundação Lymington também participam do programa.

Os filhotes nasceram com cerca de 15 gramas (os adultos pesam entre 310 e 340 g) e, nas primeiras semanas, a alimentação foi feita pelos pais, sem interferência dos cuidadores. Depois, passou a ser feita manualmente. Eles estão saudáveis e se desenvolvem de maneira excepcional, segundo o veterinário do Nest, Ramiro Dias. O sexo dos bebês ainda não é conhecido e só deve ser revelado após análises genéticas. Os nomes das ararinhas devem ser escolhidos em uma votação pública, a ser promovida pelo ICMBio.