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30 de abr. de 2013

PLUVIÔMETRO: FUNCIONAMENTO E CONFECÇÃO

Aproveitando a motivação, um pouco de matemática aliada às chuvas com que a Natureza ora nos presenteia aqui em João Pessoa e em várias cidades e zonas rurais do sertão paraibano, seria muito útil a confecção de um pluviômetro.

Pode ele ser feito com garrafa "pet" (ver figura), de 2 litros.




A precipitação pluvial é sempre dada em mm de chuva. Quando se diz que em certo local choveu 80mm, isto significa que numa área de 1m quadrado formou-se uma lâmina d'água com a espessura de 80mm (ou 8cm). Que seria muita chuva, se ocorresse num só dia!

Na figura acima é mostrada uma garrafa "pet" que foi cortada e a parte superior nela inserida, invertida, para captar a chuva, ao tempo que evita a evaporação da água que foi captada.

Utilizando um recipiente que tenha graduação em ml, uma mamadeira por exemplo, despeja-se água nessa garrafa e vai se marcando o volume, a cada 10 ml (ou a cada 5ml, se possível) (ver figura abaixo).

O pluviômetro deve ser colocado em campo aberto, podendo ser fixado numa haste de madeira (ver figura abaixo).


Para se saber a quantidade de água precipitada, deve-se relacionar primeiramente o volume de água captado  pela área de captação da garrafa. 

Medição da área coletora da água (a abertura  da garrafa). Mede-se o diâmetro (d) da abertura da garrafa que no nosso exemplo é  10,35 cm. A área da abertura é dada por: pi X d ao quadrado dividido por 4 [pi X d2/4]; ou seja: 10,35 X 10,35 = 107,12 ÷ 4 = 26,78; e pi X 26,78 = 84,08 cm2; que deve ser transformado para mm (porque é em mm que é dada a precipitação pluvial): 8408mm2 [lembrete: 1cm2 = 1000mm2].

A chuva coletada na garrafa, no final do dia foi, por exemplo, 10ml ou 10.000 mm3 [lembrete: 1ml = 1000mm3].
 Logo: 10.000 mm3 / 8408 mm2 = 1,18 mm de chuva coletada na garrafa, no final de um dia.











28 de abr. de 2013

EXERCÍCIO DE LÓGICA

Continuando a série "não deixe seus neurônios se oxidarem" (nem muito menos "enferrujarem", pois o processo pode ser irreversível), reproduzo aqui um teste de lógica postado pela Fundação Getúlio Vargas, como se segue:

"Ao caminhar, Márcia e Paula dão sempre passos uniformes. O passo de Márcia tem o mesmo tamanho do de Paula. Mas, enquanto Paula dá cinco passos, Márcia, no mesmo tempo, dá três passos. No início da caminhada, Márcia estava 20 passos à frente de Paula. Se elas caminharem sem parar, Paula, para alcançar Márcia, deverá dar quantos passos"?

Você pode resolver utilizando seus conhecimentos de progressão aritmética (conhecimento este, que eu não tenho!), ou pode utilizar raciocínio lógico; digamos, aritmético).

Observe bem o enunciado: Márcia estava 20 passos à frente de Paula.

Resposta:
Veja a sequência dos passos de ambas personagens:
Paula:    passo inicial   5 e passos seguintes (de 5 em 5)... 10-15-20-25-30-35-40-45-50.
Márcia: passo inicial 20 e passos seguintes (de 3 em 3) ...23-26-29-32-35-38-41-44-47-50.

Portanto, é no passo "número 50"  que elas se "igualam", ou seja, que Paula alcança Márcia.

25 de abr. de 2013

PARA SE EXERCITAR EM MATEMÁTICA...DIVERTINDO-SE

[Reproduzido de Só Matemática]

1) Escreva o número que falta:


2) Idem:


3) Idem:

4) E finalmente:





Respostas
1) dezesseis
2) um
3) seis
4) setenta e dois

24 de abr. de 2013

INTERPRETAÇÃO MATEMÁTICA DE USO DA BARRA (/) E DO EXPOENTE NEGATIVO (^-1)

O uso da barra, significando divisão, não é matematicamente correto quando se representa um valor obtido, por 2 unidades da medição. Ex.: 4/2/2 (como por exemplo numa medição  em que o valor 4 ocorra por unidades elevadas ao quadrado, como m2/seg2). Operando-se esta expressão, poderemos proceder de duas maneiras: A) Dividimos primeiramente 4/2 = 2; e depois, dividimos este resultado pelo 2 seguinte e o resultado final será 2/2 = 1. B) Mas, se primeiramente dividirmos nessa expressão o 2/2 = 1 e depois dividirmos 4/1 = 4, teremos então resultado ambíguo: 1 e 4.

Agora, vamos utilizar a expressão com o expoente negativo (^-1) [elevado a menos 1]. O expoente negativo, quando se representa um valor obtido por 2 unidades da medição, é matematicamente correto: 4 X 2^-1 X  2 ^-1; expressão esta que matematicamente significa: 4 X 1/2 X 1/2 [de acordo com a regra de multiplicação de expoentes negativos]. Assim sendo, vamos proceder das duas maneiras, como fizemos com a expressão com a barra. A) Vamos operar primeiramente 4 X 1/2 = 2; e depois, multiplicando-se este resultado pelo 1/2 seguinte, teremos 2 X 1/2 = 1. B) E no segundo procedimento teremos primeiramente 1/2 X 1/2 = 1/4 e depois
 4 X 1/4 = 1. Portanto, neste caso do uso do expoente negativo, ambos os procedimentos dão o mesmo resultado, seja qual for a ordem do cálculo.

Observação: no caso de representação de um valor por apenas uma unidade, pode ser utilizada a barra, como por exemplo 4 X 4 (como em 4g/m2); ou ainda é correto a utilização de ambas representações,  conjuntamente: 4/2 X 2^-1 [está matematicamente correta, mas é pouco utilizada esta representação].

Conclusão. Utilize sempre a representação, por exemplo num caso de produtividade em ecossistema terrestre:
10g . m^-2 . dia ^-1 [o uso do ponto . equivale ao sinal X, de multiplicação]

23 de abr. de 2013

ESTIMANDO ÁREA A PARTIR DE UM MAPA CARTOGRÁFICO

Pode ser utilizado um método simples, de contagem de pequenos quadrados marcados com "pontos no centro", desenhado como uma malha, sobre o mapa (ou sobre folha de papel transparente, que será aplicado sobre o mapa). Ver figura. Quanto menor for o quadrado, menor será o erro de medição (o desenho da direita).

Desenha-se o contorno, no mapa, da área que se deseja medir (veja figura). Marca-se um ponto no centro de cada quadradinho contido na área demarcada. Observe que só devem ser marcados com um "ponto" aqueles quadradinhos cujos centros estarão dentro da linha demarcada.
No exemplo da figura, cada quadradinho mede 0, 3cm de lado, sendo então sua área 0,09cm2.
O mapa em questão, tem uma escala de 1:100.000cm, que equivale a 1:1000m. Portanto, 1cm no mapa = 1000m = 1km.
Assim sendo, 1cm2 no mapa equivale a 1km2. Agora, se sabemos que cada quadradinho desenhado, tem 0,09cm2 de área, utilizando uma regra de três simples, podemos saber a área de cada cm2 no mapa:
1cm2 ------------1km2
0,09 cm2-------x
x = 0,09km2

Finalmente, contamos o número total de quadradinhos marcados com um "ponto no centro" e que estão dentro da área delimitada e multiplicamos pela área obtida, de cada um; ou seja:
39 quadradinhos X 0,09 km2 = 3,51 km2, que é portanto, a área delimitada no mapa e que queríamos estimar.

MATEMÁTICA. ÚTIL EM ECOLOGIA

2. CÁLCULO DE CRESCIMENTO DE FLORESTA. Aumento esperado em 10 anos, de uma floresta jovem, com taxa anual de crescimento de 3, 5%, considerando-se que ela cresce exponencialmente.
A taxa de crescimento é dada por: q = 1 + p/100; sendo p = 3, 5%; portanto q = 1, 035.
E a projeção para 10 anos será q^10. Logo:
q^10 = 10 log q;  e então
10 log q = 10 log 1, 035
               = 10(0,01494)
               = 0,1494.
O antilogaritmo de 0,1494 é 1,41.
E assim, o aumento esperado em 10 anos é de 41%, ou seja, 41/100 (acima da unidade, 1).

OBS.: as 4 regras básicas do logaritmo são:
1) log ab = log a + log b
2) log  1/a = -log a
3) log a/b = log a - log b
4) log a^n = n log a


21 de abr. de 2013

MATEMÁTICA PARA ECÓLOGOS, BIÓLOGOS E ASSEMELHADOS

1.  TRABALHANDO COM PORCENTAGENS. Uma bióloga está acompanhando o crescimento de um animal (um bezerrinho), pesando-o a cada mês. O peso inicial do animal era 50 kg, e após um mês ele ganhou 20% de peso, ou seja, 10 kg a mais, ficando então com 60 kg. Utilizando-se porcentagens, se dissermos que no final do segundo mês o animal ganhou mais 20% de peso, significaria isso 20% + 20% = 40% de 50 kg que resultaria em 20 kg de aumento, ficando o animal então com 70 kg (?). Estaria correto?
Não. O cálculo certo é: no final de 1 mês ele ganhou 20% de 50 kg = 10 kg,  ficando com 60 kg; e no final do segundo mês como ele ganhou mais 20% de 60 kg (seu novo peso) = 12 kg, ficaria agora com 72 kg.
Existe uma fórmula matemática para o tratamento adequado desse exemplo, que é: w(1 + p/100)^n, que pode ser aplicada sucessivamente no tempo de todo o crescimento do animal (daí na fórmula a expressão:  ^ elevado a n). Nesta fórmula temos: w = peso inicial do animal; p = porcentagem do aumento; n = tempo, das medições.
Vamos agora aplicar a fórmula para esses 2 meses das pesagens do animal. Mas antes, vejam que a expressão w(1+p/100)^n pode ser representada por w(1,2)^2. Assim sendo, aplicando esta fórmula nos 2 meses de estudo da bióloga: 50(1, 2)^2 = 50(1,44) = 72 kg. Este é o peso do animal no final dos 2 meses de observação.
[Batschelet, E. (1975)  Introduction to Mathematics for Life Scientists. Berlin, Springer-Verlag, 643p.]

19 de abr. de 2013

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NA AMAZÔNIA E ÍNDIOS ISOLADOS

Um problema que requer competência e muito cuidado para ser resolvido.

[Reproduzido de www.amazonia.org.br]

A foto é de Terra Magazine, de uma das quatro etnias que vivem na fronteira do Acre com o Peru. 
O site acima, reproduz entrevista com o indigenista chefe da Coordenação Geral de Índios Isolados, da Funai.
Há uma multiplicidade de problemas que só poderá ser compreendida lendo-se a citada entrevista. Parte dessa entrevista pode ser vista acessando o link:










18 de abr. de 2013

A MATANÇA DE FOCAS NO CANADÁ

Recebi da THE HUMANE SOCIETY OF THE UNITED STATES, a seguinte informação:


April 18, 2013

Dear Breno,

INGL.: It's been more than a week since the slaughter of baby seals started off Newfoundland, and the Canadian government has still failed to announce how many seals can be clubbed and shot for fur.
I am shocked that it seems as if sealers can kill as many baby seals as they want this year without limits -- even as climate change melts the seals' sea ice habitat.
PORT.: Já se passou mais de uma semana desde que a matança de focas-bebês começou em Newfoundland, e o governo canadense ainda falha em anunciar quantas focas podem ser abatidas com cacetadas ou por tiros para se extrair a pele.
Estou chocado, pois parece que caçadores de focas podem matar quantas focas-bebês eles quiserem neste ano, sem limites -- mesmo que o clima derreta o habitat de gelo do mar das focas.

Se você não se choca com cenas de violência humana com animais [por aqui matam-se animais para alimentação humana de maneira semelhante], assista o vídeo ( 2 minutos, em inglês, mas basta olhar as cenas):

https://www.youtube.com/watch?v=foW_IiU2idQ&feature=youtube_gdata_player

17 de abr. de 2013

O BNDES NA AMAZÔNIA

Leiam as Considerações Finais e observem o caráter de Banco, propriamente dito, como os demais, que exerce o BNDES na região, para financiar e lucrar.
Acessem:

http://db.tt/mjW3wfiT

15 de abr. de 2013

JÁ TEMOS"COIOTES HUMANOS" - NO ACRE

Governador do Acre, Tião Viana, descreve como "tragédia humanitária" o que está vivendo o estado, com imigração ilegal de pobres do Haiti, Senegal, Nigéria e República Dominicana.

Assistam à sua entrevista à BBC.

http://db.tt/QQFWYRty

9 de abr. de 2013

CARNE VERMELHA E ATEROSCLEROSE

Atenção carnívoros fanáticos por churrascos!!!
Acessem o link do Diário da Saúde e leiam:

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=carne-vermelha-muda-bacterias-intestinais-causa-aterosclerose&id=8732&nl=nlds Nat Med. 2013 Apr 7. doi: 10.1038/nm.3145. [Epub ahead of print]


Ou leiam o Resumo da publicação, divulgado no melhor acervo de trabalhos científicos, na área da medicina, dos Estados Unidos, o pubmed:

Intestinal microbiota metabolism of l-carnitine, a nutrient in red meat, promotes atherosclerosis.

Source

1] Department of Cellular & Molecular Medicine, Cleveland Clinic, Cleveland, Ohio, USA. [2] Center for Cardiovascular Diagnostics & Prevention, Cleveland Clinic, Cleveland, Ohio, USA.

Abstract

Intestinal microbiota metabolism of choline and phosphatidylcholine produces trimethylamine (TMA), which is further metabolized to a proatherogenic species, trimethylamine-N-oxide (TMAO). We demonstrate here that metabolism by intestinal microbiota of dietary l-carnitine, a trimethylamine abundant in red meat, also producesTMAO and accelerates atherosclerosis in mice. Omnivorous human subjects produced more TMAO than did vegans or vegetarians following ingestion of l-carnitine through a microbiota-dependent mechanism. The presence of specific bacterial taxa in human feces was associated with both plasma TMAO concentration and dietary status. Plasma l-carnitine levels in subjects undergoing cardiac evaluation (n = 2,595) predicted increased risks for both prevalent cardiovascular disease (CVD) and incident major adverse cardiac events (myocardial infarction, stroke or death), but only among subjects with concurrently high TMAO levels. Chronic dietary l-carnitine supplementation in mice altered cecal microbial composition, markedly enhanced synthesis of TMA and TMAO, and increased atherosclerosis, but this did not occur if intestinal microbiota was concurrently suppressed. In mice with an intact intestinal microbiota, dietary supplementation with TMAO or either carnitine or choline reduced in vivo reverse cholesterol transport. Intestinal microbiota may thus contribute to the well-established link between high levels of red meat consumption and CVD risk.

8 de abr. de 2013

PREVENÇÃO, TRADICIONALMENTE, INEXISTE NO BRASIL

Um dos ditados populares mais antigos no Brasil "é melhor prevenir do que remediar", é minimamente praticado entre nós, seja na área de saúde, onde a Medicina Preventiva não é priorizada, ou em diversas outras áreas. Inclua-se aqui a defesa civil. Os exemplos recentes das tragédias ocorridas na região sudeste, com as enchentes e desmoronamentos, confirmam plenamente esta afirmação.
O vídeo que gravei recentemente sobre o rio Jaguaribe, que atravessa vários bairros de João Pessoa, atesta que as autoridades preferem atuar no  "pós-tragédia".
Acessem:

4 de abr. de 2013

1649 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO NO BRASIL


[Reproduzido de www.mma.org.br]

UCs completam 12 anos

    Martim Garcia/MMAGaetani: poucos países avançam tantoGaetani: poucos países avançam tanto
    Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) atinge o total de 1.649 áreas de preservação em todo o país.

    Lucas Tolentino

    O principal mecanismo de conservação da biodiversidade brasileira completou 12 anos. Ao longo da trajetória, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) atingiu o total de 1.649 áreas de preservação em todo o país. O dado representa 1,5 milhão de km quadrados de terrenos protegidos, o equivalente a 17,2% do território nacional continental e 1,5% do território marítimo.
    A comemoração dos 12 anos do SNUC contou com a participação do ministro interino do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, do secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti, e de outros dirigentes do MMA em seminário realizado, nesta quarta-feira, na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    Os participantes do evento ressaltaram os resultados alcançados como um marco de sucesso da implantação do sistema, estabelecido pela Lei nº 9.985, de 2000. "Raríssimos países tiveram uma iniciativa tão ambiciosa e conseguiram executar o que o Brasil executou com o SNUC", avaliou Cavalcanti. "Será necessário, agora, levar esse conceito inovador para uma próxima etapa."

    DESAFIOS

    O ministro interino do Meio Ambiente alertou que o sistema enfrenta uma série de desafios. "A lei é um grande avanço". declarou. "Mas será preciso compatibilizar a vontade e a ciência com uma visão de longo prazo". Gaetani afirmou que o trabalho de criação de novas unidades de conservação seja feito com cautela para evitar impasses de ordem fundiária.

    Quatro linhas de ação devem ser consideradas nas iniciativas que darão continuidade à implantação do SNUC. De acordo com o ministro interino, o processo tem de contemplar a variedade de modelos de gestão das unidades de conservação, a compensação ambiental, o método de criação de novas áreas e a revisão das que já existem.

    PARTICIPAÇÃO

    A riqueza dos recursos naturais do país também foi lembrada no evento. A diretora de Áreas Protegidas do MMA, Ana Paula Prates, afirmou que áreas relevantes foram beneficiadas pelo SNUC. "O Brasil é considerado o principal país em termos de biodiversidade", explicou. "As principais paisagens brasileiras estão, hoje, dentro de uma unidade de conservação".

    O aumento na quantidade de áreas de preservação depende da participação popular, na opinião do presidente do ICMBio, Roberto Vinzentin. "Temos de atingir as organizações sociais e os movimentos populares. É essencial incentivar a mobilização e o engajamento da opinião pública para que ocorra uma tomada de consciência da população", acrescentou.

    2 de abr. de 2013

    ALERTA DE DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA PODE NÃO IMPLICAR EM DEGRADAÇÃO!!!


    [Reproduzido de www.amazonia.org.br]

    Alertas de desmatamento na Amazônia Legal sobem 26% em seis meses

    Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal subiram 26%, entre 1º de agosto de 2012 e 28 fevereiro de 2013, em comparação ao mesmo período do ano passado, informou ontem (28) o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
    Os dados foram registrados pelo Deter, sistema de detecção de desmatamento em tempo real do Inpe, que usa imagens de satélite para analisar a perda da Floresta Amazônica em nove Estados. Eles incluem a degradação, referente ao desmatamento parcial da floresta, e o corte raso, quando há desmatamento total da área e o solo fica exposto. No total, foram registrados alertas de desmatamento ou degradação nos últimos seis meses em 1.695,27 quilômetros quadrados da floresta.
    Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano de Menezes Evaristo, o índice divulgado hoje ainda não comprova o aumento de desmatamento na região.
    “Não se pode dizer que com o aumento de alertas houve o aumento de desmatamento. Isso porque o Deter, que tem um componente de degradação florestal que pode se tornar ou não em desmatamento. Temos que aguardar o período Prodes [Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia] em julho para ser definido se aquela degradação foi realmente corte raso [desmatamento]”, explicou.
    Os campeões da lista de alertas de desmatamento são os estados de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia. O Acre teve uma redução de 84% nos alertas – no período analisado em 2012, foram 28, e este ano, apenas quatro.
    “Mato Grosso e Pará sempre foram os campeões do desmatamento. Esses alertas podem estar sendo impulsionados pelo boom das commodities, pelo aumento do preço da terra e pode ter havido uma pressão maior no mês de julho. Mas a administração ambiental reagiu, mudou as estratégias e trouxemos de novo sob o controle qualquer ameaça [de degradação da floresta]”, disse Evaristo.