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24 de jun. de 2014

EMBORA HAJA EVIDÊNCIAS CONCLUSIVAS DE QUE HÁ INSETICIDAS MATANDO ABELHAS, PESQUISADORES, PRINCIPALMENTE NA INDÚSTRIA QUE OS FABRICA, NEGAM ESTE FATO (É CLARO!!!)

[Reproduzido de BBC News, on-line]


Neonicotinoides são pesticidas que causam danos a uma ampla gama de espécies benéficas e há evidências, conclusivas, de sejam um fator-chave no declínio de abelhas, afirmam cientistas.Fundamentam esta afirmação em estudos realizadas durante quatro anos, em revisão de literatura.
Eles afirmam que a ameaça à Natureza é a mesma que proporcionou o uso do DDT.

Os neocotinoides foram introduzidos no início dos anos de 1990, substituindo inseticidas considerados mais danosos. São inseticidas sistêmicos, ou seja, são absorvidos por todas as células
da planta, tornando-as venenosas aos insetos.

Em 2011 a IUCN-International Union for Conservation of Nature, criou uma força tarefa de cientistas que examinaram mais de 800 trabalhos realizados nos últimos 20 anos de pesquisas sobre esses inseticidas.Concluíram também que esses inseticidas e um outro inseticida, fipronil, estão "envenenando" o solo, o ar, a água.

Os fabricantes argumentam que muitas espécies de abelhas continuam se multiplicando e vivendo normalmente. Algumas outras, não.
[Pergunta-se: seria então necessário que todas as espécies morressem, para mostrar que esses pesticidas são maléficos às abelhas?]

Nos Estados Unidos, na semana passada, o presidente Obama criou uma força tarefa para realizar pesquisas sobre esse problema de mortes de abelhas e outros insetos, com o uso de inseticidas.


15 de jun. de 2014

ONDE AS ONÇAS FICAM, DURANTE AS CHEIAS DOS RIOS NA AMAZÔNIA

[Reproduzido de www.amazonia.org.br]

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Mamirauá e não há registros de que este tipo de comportamento ocorra em outras partes do mundo

Estudo comprova que onças vivem na copa das árvores durante a cheia dos rios




Pesquisa realizada pelo Instituto Mamirauá comprovou cientificamente que nas florestas inundáveis da Amazônia, durante o período da cheia, as onças-pintadas (Panthera onca) permanecem em cima das árvores durante aproximadamente três meses do ano. Desde a semana passada, onças estão sendo avistadas diariamente na copa das árvores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Amazonas. Não há registros de que este tipo de comportamento ocorra em outras partes do mundo.

“Esse é um comportamento inédito para grandes felinos, que precisam de grandes quantidades de alimento todos os dias para sobreviver e que até agora eram considerados terrestres”, afirmou o pesquisador Emiliano Esterci Ramalho, responsável pelo Projeto Iauaretê, desenvolvido desde 2004 pelo Instituto Mamirauá, com o objetivo de estudar a ecologia e promover a conservação da onça-pintada na várzea Amazônica.

Ainda em 2013, os pesquisadores já haviam avistado os espécimes nas árvores, um, inclusive, com seu filhote: “Seguindo a trilha do GPS de uma das nossas onças-pintadas encoleiradas, uma fêmea, a achamos com seu filhote de seis meses vivendo numa árvore a 12km de distância do solo seco mais próximo. O filhote dormiu na nossa frente. Isso implica que as onças-pintadas fêmeas estão vivendo nas árvores e nadando diariamente para outras árvores para conseguir caçar presas”, relatou Emiliano.

O ambiente da várzea da Reserva Mamirauá possui características bem específicas, como a variação do nível d’ agua, variando anualmente em média 10 metros. Segundo o pesquisador, o comum seria que esses animais terrestres se deslocassem para áreas não inundadas. “Mas Mamirauá é uma ilha, então uma espécie que vive aqui dentro, vai ter que necessariamente cruzar o rio Amazonas toda vez que encher, ou seja, não é a melhor ideia. A alternativa é subir muito bem em árvores. O senso comum diz que “gato não gosta de água”, o que não é o caso das onças, ou seja, em teoria, elas podem viver em Mamirauá”.

Na opinião do pesquisador, a descoberta tem sérias implicações para a conservação da onça-pintada e levanta outras questões sobre o comportamento e a ecologia de grandes carnívoros. “As florestas de Várzea, que foram esquecidas em propostas de conservação para a onça-pintada no passado, são áreas extremamente importantes para a onça-pintada na Amazônia porque abrigam um grande número de onças-pintadas, são áreas de reprodução da espécie, e também porque os animais que vivem nessa região da Amazônia tem uma ecologia única. Aumentar o número de áreas protegidas na várzea pode ser crucial para a sobrevivência das onças-pintadas na Amazônia”, afirmou.

Turismo científico

Com a comprovação científica de que as onças de Mamirauá permanecem na copa das árvores, a Pousada Flutuante Uacari, em parceria com a equipe de pesquisa do Projeto Iauaretê, iniciou a operacionalização de expedições científicas para turistas avistarem esses animais. “É a primeira expedição científica com onças-pintadas da Amazônia”, afirmou Gustavo Pereira, gestor operacional da Pousada Uacari.

As expedições são parte de uma estratégia de conservação que tem o objetivo de aumentar o valor da onça-pintada para as comunidades da Reserva Mamirauá. O recurso das expedições será usado gerar benefícios econômicos para as comunidades locais e para apoiar a continuidade do projeto de pesquisa com onças-pintadas visando reduzir o conflito entre onças e comunidades locais. A Pousada Uacari é um projeto de turismo de base comunitária, cuja gestão é compartilhada entre o Instituto Mamirauá e comunidades da Reserva Mamirauá.

Por: Eunice Venturi
Fonte: Assessoria de imprensa do Instituto Mamirauá


9 de jun. de 2014

AS TRAGÉDIAS DAS ENCHENTES E O "PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO"

Santa Catarina mais uma vez convive com essa agora já famosa "tragédia anunciada". Oportunidade da qual me aproveito para relembrar um princípio conhecido desde a "Rio 92", a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD) como Princípio da Precaução. Que assim diz:
"Quando há ameaça de sério risco, talvez até mesmo irreversível, de danos ao meio ambiente (com seres humanos nele inseridos, naturalmente), não se devem esperar provas científicas para se tomar atitudes preventivas que evitem potenciais prejuízos ao meio ambiente".
O princípio reconhece a necessidade de serem avaliadas todas as evidências científicas disponíveis e de se traçarem conclusões provisórias, enquanto se continuam as investigações científicas para o fornecimento de dados adicionais ou de informações mais confiáveis.
Tomaremos como exemplo essas "tragédias" originadas do descaso e da subestimativa feitas por nossa sociedade quanto à força da Natureza. Mais especificamente, no que diz respeito às enchentes advindas das chuvas. Eis alguns pontos essenciais (dentre outros possíveis):
1) as populações humanas aglomeram-se às margens dos rios;
2) para isso, desmatam a vegetação ripariana (ou marginal);
3) causando assoreamento (acúmulo de sedimentos) nesses cursos d'água, agravado pela deposição dos descartes praticados por essas populações ribeirinhas;
4) reduzindo seu fluxo, principalmente durante as cheias;
5) problemas esses que certamente se agravarão com as novas e amplas possibilidades de exploração agrícola das margens dos rios e encostas e topos de morros proporcionadas pelo Novo código Florestal Brasileiro.

Chuva afeta 18 cidades de SC; Corupá decreta emergência, diz Defesa Civil

A Defesa Civil Estadual recebeu o decreto de situação de emergência de Corupá, no Norte catarinense, neste domingo (8). O órgão tem três dias para aceitar o pedido e liberar recursos do estado para reconstruções no município. Outras 17 cidades, até as 15h do domingo, registraram ocorrências de danos devido à chuva que atinge Santa Catarina desde sexta-feira (6).
[Reproduzido de G1, Santa Catarina):

Concluindo: o princípio da precaução é proativo, e não reativo; ou seja, deve-se utilizá-lo quando se percebe a manifestação de um problema real que ainda está por ocorrer, ao invés de se reagir depois que o problema já tenha ocorrido (ou esteja ocorrendo).

8 de jun. de 2014

DEZ ASPECTOS RELEVANTES SOBRE BARRAGENS

[Reproduzido de oeco:   http://www.oeco.org.br/convidados/28377-dez-coisas-que-voce-deveria-saber-sobre-barragens    ]



1- 50.000 Grandes Barragens obstruem rios do mundo

Cerca de 50.000 barragens com uma altura de 15 metros ou mais e milhões de represas menores foram construídas sobre os rios ao redor do mundo. Algumas delas datam de séculos, mas a maioria foi construída após a Segunda Guerra Mundial. Cerca de 5.000 barragens têm uma altura de 60 metros ou mais; outras 350 gigantes estão atualmente em construção.

2- Barragens estão mudando a face da Terra

Barragens fragmentaram dois terços dos grandes rios do mundo e inundaram uma área do tamanho da Espanha. Seus reservatórios contêm três vezes mais água que todos os rios do mundo, e perdem sem parar com evaporação uma quantidade de água semelhante a quatro Niagara Falls. Barragens acumulam 40 quilômetros cúbicos de sedimentos por ano, e assim secam os deltas dos rios do lodo que os protege contra a invasão da água do mar.

3- Barragens oferecem importantes serviços

Elas geram 16% da eletricidade do mundo e irrigam as culturas de alimentos para 12-15% da população mundial. Em menor medida, as barragens também servem para o abastecimento de água, proteção contra inundações, navegação e turismo. A maioria das barragens foi construída para irrigação, mas 80% da água que armazenam é utilizada para gerar energia hidrelétrica.

4- Barragens matam peixes

Barragens bloqueiam a migração de peixes, esgotam o oxigênio dos rios e interferem com os gatilhos biológicos que guiam os peixes. Eles também reduzem a capacidade autolimpeza dos rios. Devido à construção de barragens e de outros fatores, a população de espécies de água doce diminuiu 37% entre 1970-2008 -- mais do que as populações de todos os outros ecossistemas. Populações de espécies tropicais de água doce diminuíram impressionantes 70%.

5- Barragens estão mudando o clima

Barragens não são neutras em relação ao clima. Em particular nas regiões tropicais, a matéria orgânica em decomposição em seus reservatórios emite metano, um gás de efeito estufa agressivo. Os cientistas estimam que os reservatórios sejam responsáveis por 4% de toda a alteração do clima produzida pelo homem, o que equivale ao impacto da aviação sobre o clima. As inundações e as secas causadas por mudanças climáticas, por sua vez, tornam as barragens menos seguras e econômicas.

6- Barragens deslocam pessoas

Barragens já moveram cerca de 80 milhões de pessoas, 23 milhões só na China. Esse deslocamento rouba das pessoas que já são pobres e marginalizadas de seus recursos, habilidades e identidade cultural, e os empobrece ainda mais. Barragens também tiveram um impacto negativo sobre cerca de 500 milhões de pessoas que vivem à jusante http://pt.wikipedia.org/wiki/Jusante . Os benefícios das barragens, com frequência, ignoram as próprias pessoas que tiveram suas vidas sacrificadas por elas.

7- Barragens podem colocar os direitos humanos em risco

A maioria das barragens que deslocam grandes populações está sendo construída por governos autoritários. Na Birmânia, China, Colômbia, Etiópia, Guatemala, Sudão e outros países, construtores de barragens, muitas vezes reagiram à oposição a ela com graves violações dos direitos humanos. No pior massacre relacionado a uma barragem, mais de 440 indígenas foram mortos para dar lugar à represa Chixoy, na Guatemala, em 1982.

8- Barragens são caras

As grandes barragens estão entre os investimentos mais caros já feitos por muitos governos. Estima-se que 2 trilhões de dólares já foram gastos em barragens desde 1950. Devido a erros de planejamento, problemas técnicos e corrupção, barragens sofrem atrasos médios de 44% e aumentos de custo de 96%. Esses enormes excessos as tornam economicamente inviáveis.

9- Barragens não duram para sempre

Mais cedo ou mais tarde reservatórios se tornam assoreados, e o custo de manutenção de barragens cresce além dos seus benefícios. Nos Estados Unidos, mais de 1000 barragens foram removidas, mas a altos custos. Quando as barragens não são adequadamente construídas ou mantidas, eles podem arrebentar. No maior desastre de barragem do mundo, o fracasso da represa Banqiao, na China, matou cerca de 171.000 pessoas em 1975.

10- Melhores soluções costumam estar disponíveis

Em 2012, os governos e as empresas instalaram 75 gigawatts de energia eólica e solar, em comparação com 30 gigawatts de energia hidrelétrica. Essas alternativas parecem ainda melhores quando os impactos sociais e ambientais e os custos de transmissão são contabilizados. A Agência Internacional de Energia propôs que 60% dos fundos necessários para universalizar o acesso à energia devem ser usados em projetos locais de energia renovável.

5 de jun. de 2014

MAIS HIDROELÉTRICAS NA AMAZÔNIA

[Reproduzido de www.amazonia.org]


[assista o vídeo da WWF sobre o Parque Nacional Juruena em http://amazonia.org.br/2014/06/hidrel%C3%A9tricas-podem-alagar-parque-nacional-na-amaz%C3%B4nia/ ]


Hidrelétricas podem alagar parque nacional na Amazônia

Tema de campanha do WWF-Brasil, as possíveis obras colocam em risco a biodiversidade e as populações indígenas isoladas do bioma. Decisão será debatida em conselho federal, dia 10 de junho, sem a sociedade civil

O Conselho Nacional de Politica Energética – CNPE se reúne dia 10 de junho em Brasília, quando poderá declarar como de “utilidade pública” parte do Parque Nacional do Juruena, localizado na divisa entre o Mato Grosso e o Amazonas. Com quase 2 milhões de hectares, o Juruena é o quarto maior parque nacional do país. Ele representa 2,5% da área abrangida por unidades de conservação federais na Amazônia Legal e 5,3% das áreas protegidas como parques nacionais na região. O parque faz parte do Programa Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia), que financiou parte das ações para sua implementação.

A declaração de utilidade pública (DUP) é o primeiro passo para permitir a redução da área protegida para a construção das usinas hidrelétricas de São Simão Alto e Salto Augusto Baixo. Elas são parte de uma série de sete hidrelétricas que o governo planeja cravar na Bacia do Tapajós, com alto impacto socioambiental.

Para alertar a sociedade sobre essas ameaças ao Parque Nacional do Juruena e à Bacia do Tapajós, o WWF-Brasil lança a campanha SOS Juruena. A iniciativa pede o apoio da sociedade para pressionar o governo e não permitir a construção das hidrelétricas dentro do Parque Nacional do Juruena e assim garantir que esta Unidade de Conservação se mantenha íntegra.

Se construídos, os reservatórios das duas usinas inundarão mais de 40 mil hectares no Parque Nacional do Juruena, no Parque Estadual Igarapés do Juruena e nas terras indígenas Escondido e Apiaká do Pontal, no Mato Grosso. No Amazonas, poderão ser atingidas porções do Parque Estadual do Sucunduri, além de terras indígenas.

[Continua...ver no link acima]