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3 de jan. de 2011

FATORES ECOLÓGICOS IMPORTANTES À MANUTENÇÃO DA MATA ATLÂNTICA: BIOGEOCICLAGEM

Partes caídas de plantas (troncos, ramos, folhas, flores, frutos...) e animais mortos, formam a necromassa sobre o solo das florestas. Aqui na Mata Atlântica distinguimos facilmente na necromassa, três camadas de matéria orgânica de superfície: 1) Partes de plantas ainda não decompostas; 2) Partes parcialmente decompostas; 3) A maioria das partes se encontram quase que totalmente decompostas, misturando-se com as partículas minerais do solo, formando o húmus.
E sob a necromassa encontramos uma “densa rede de aprisionamento da matéria orgânica em decomposição” formada pelas raízes das plantas. Esta “rede” é típica de florestas tropicais, estabelecidas sobre solos pobres, como são os latossolos da Mata Atlântica. Essas raízes absorvem minerais que seriam lixiviados (lavados) pelas chuvas, que são intensas nos trópicos. A maioria das árvores da Mata Atlântica têm suas raízes infectadas por fungos endomicorrízicos, que absorvem os nutrientes mineralizados pela decomposição, transportando-os diretamente para o interior das raízes.
É esse processo de imobilização dos nutrientes (retidos na matéria orgânica) e sua posterior mineralização (liberação para o solo), que denominamos de “biogeociclagem”.
É muito importante assinalar que essa camada formada pelo húmus e raízes concentram-se nos 10 cm superiores do solo. Acredite se quiser! A riqueza do solo de Mata Atlântica está concentrada nos 10 cm superiores do solo!!!
Outro fato de fundamental importância é que a maioria dos nutrientes da Mata Atlântica concentra-se na fitomassa (ou biomassa vegetal), em oposição às florestas de clima temperado onde a maioria dos nutrientes concentra-se no solo. Portanto, manter a floresta tropical “em pé”, é o ponto-chave para sua preservação.

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