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8 de nov. de 2011

OS AQUECIMENTOS QUE DÃO PREJUÍZO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL: LÁ É O AQUECIMENTO GLOBAL E AQUI O DA ECONOMIA

AMERICANOS LAMENTAM O TAMANHO DO PREJUÍZO QUE TÊM COM O AQUECIMENTO GLOBAL

QUE GRANDE BOBAGEM! O PREJUÍZO DO BRASIL COM O “AQUECIMENTO DE NOSSA ECONOMIA” É MUITO MAIOR!!!


Aparentemente, nós brasileiros, que vivemos num ambiente “naturalmente quente”, não deveríamos nos preocupar com tamanha especulação quanto ao aquecimento global! Mas, eles lá em cima, ou seja, no hemisfério norte e do alto do seu poder econômico dominante (entenda-se aqui: os Estados Unidos) e certamente também os seus parceiros do G-8 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia e Reino Unido) estão de olho em quaisquer dados que prenunciem prejuízos.

NOS ESTADOS UNIDOS:
[Extraído de: What’s the Price of Climate Change? $14 Billion in Lost Lives and Health Care – SCIENTIFIC AMERICAN, By David Biello, November 8, 2011]

Enchentes, fome, incêndios e doenças (incêndios de 2003 e 2006, ondas de calor na Califórnia, estação dos tufões na Flórida em 2004 e surto do vírus do oeste do Nilo na Louisiana em 2002) ─ espera-se que a mudança climática global cause mais impactos, pela alteração de muitas características de nosso planeta, de mudanças no ciclo da água a doenças cujos vetores são insetos, como a malária. Este é o resultado de estudo realizado por grupo de pesquisadores do “Natural Resources Defense Council” (Conselho de Defesa dos Recursos Naturais), conforme publicado agora em novembro/2011, em “Health Affairs”.
Os autores avaliaram seis desastres representativos e tabularam os impactos econômicos, como uma primeira estimativa dos tipos de custos relacionados à saúde e que a mudança climática poderia causar. Tudo isso lá, nos Estados Unidos. Computaram nesses seis desastres, das enchentes recentes do “Red River”, ou rio Vermelho de North Dakota em 2009 até os piores níveis de poluição da nação norte-americana, totalizando U$ 14 bilhões, em perdas de vida humana e custos ao sistema de saúde. Os pesquisadores estimaram que as 1.689 mortes prematuras resultantes dos seis desastres alcançaram um custo de U$7,9 milhões cada, constituindo-se na parte maior do prejuízo. Hospitalizações, cuidados médicos e com a saúde em geral, totalizaram U$740 milhões.
Segundo o autor deste artigo em Scientific American, mais questões do que respostas precisam ser discutidas, tais como “o aparecimento do vírus do oeste do Nilo deve-se mais às viagens internacionais do que a mudanças climáticas”; “ainda se discute se os ciclones se tornaram, ou não, mais fortes e mais frequentes, ou ambos, em consequência do aquecimento global”; o próprio estudo ainda considera a possibilidade de que “os impactos na saúde após os ciclones na Flórida possam ter se originado de problemas causados por monóxido de carbono pelo uso indevido de geradores, do que os decorrentes dos efeitos dos ciclones, ventos ou chuvas”.
Os autores da pesquisa, no entanto, consideram que há outros impactos potencialmente decorrentes da mudança climática e que não foram computados no estudo, tais como surtos de várias doenças após enchentes, danos na infraestrutura, dias parados dos trabalhadores e dos parentes que os visitaram, perda de dias escolares pelas crianças e de lazer, por todos, etc.
A agência ambiental americana (“EPA – Environmental Protection Agency”) estima que mais de 200 milhões de americanos vivem em áreas onde o nível de ozônio no nível do chão [nível em que todos respiram] atinge mais de 80 ppb [partes por bilhão] por longos períodos, relacionando-se tal fato com problemas de saúde como a asma e aumento de doenças cardíacas [obs.: é citado artigo sobre a “interação de ozônio e colesterol como causa de doenças cardíacas”]. Principais responsáveis pela emissão de ozônio: automóveis e usinas que queimam carvão mineral.
Por outro lado, o governo Obama vem anunciando planos para evitar impor redução de óxidos de nitrogênio de canos de escape de automóveis e de chaminés (causadores de doenças relacionadas à poluição atmosférica), até “as eleições de 2012”. Tal empreitada estima-se que demandará gasto dos fabricantes de veículos e de equipamentos elétricos etc. ... na ordem dos U$90 bilhões! E números, contam!!! Afirma o autor desse artigo.

NO BRASIL:

CONSEQUÊNCIA PRINCIPAL DO AQUECIMENTO DE NOSSA ECONOMIA: estimativa dos prejuízos do Brasil com a corrupção (revista Veja, edição 2240, de 26 de outubro de 2011): em 2010 foram R$85 bilhões; e nos últimos 10 anos, “somente” R$720 bilhões.
Dólar americano hoje: U$1 = R$1,73. Portanto, U$14 bilhões X R$1,73 = R$24,22 bilhões, foi o valor total do prejuízo deles com o AQUECIMENTO GLOBAL, em moeda nossa. Uma “pechincha” diante dos R$720 bilhões dos nossos últimos 10 anos de prejuízo com a CORRUPÇÃO.
Lá, eles sonham com o aquecimento da economia. Aqui, seria melhor se sonhássemos com o aquecimento global, para ver se conseguimos nos livrar do pesadelo da corrupção!

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