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29 de jul. de 2009

HORMÔNIOS NA ÁGUA DE BEBER

(Notícia extraída da revista Scientific American, de 28 de julho de 2009)

NÃO SE ASSUSTEM!!! AINDA NÃO É AQUI NO BRASIL.
Quantidades-traço de medicamentos sob prescrição médica têm sido encontradas em várias unidades de tratamento de água, podendo atingir cerca de 46 milhões de pessoas em nove Estados nos Estados Unidos, segundo investigações do “U.S. Geological Survey” (Levantamento Geológico dos Estados Unidos) feitas em 2008. Foram detectadas 85 substâncias produzidas pelas indústrias, estando entre elas anticoncepcionais.
Atualmente discute-se se tais substâncias se apresentam em níveis que possam causar preocupações. E discute-se também se há efeitos somatórios (sinergísticos) dessas substâncias em quantidades-traço; ou seja: “quantidades-traço de uma substância mais as de outra resultam em quê”???. Alguns pesquisadores afirmam que mesmo em concentrações diluídas, alguns resíduos de medicamentos causam danos em peixes, anfíbios e algumas outras espécies aquáticas; e que em laboratório foram feitos testes que demonstraram efeitos prejudiciais em células humanas. Um exemplo: estrogênio, expelido na urina de mulheres tomando anticoncepcionais e encontrado em esgotos, atuaram sobre reprodução de peixes, produzindo descendentes inférteis, segundo pesquisas na Universidade de Pittsburgh; e também mostraram que células cancerosas de seio humano cresceram duas vezes mais rápido quando expostas a estrogênio extraído de peixes-gato capturados próximos a locais inundados com esgotos não-tratados. A preocupação reside no fato de que há pessoas com tendências naturais a ter câncer causado por estrogênio (segundo o líder da equipe de pesquisa, Dr. Conrad Volz).
A filtração de tais substâncias somente tem se mostrado positiva nos casos em que se aplica o sistema de “osmose reversa” (passagem por uma membrana ultrafina semi-permeável, deixando passar somente a água). O uso de filtro de carvão ativado ainda gera dúvidas quanto à eficiência. Alguns sugerem que talvez o ideal seja o uso simultâneo desses dois sistemas de filtração.
Uma agência não-governamental internacional de saúde (“NSF International”; site: www.nsf.org) sugere que resíduos de medicamentos não devem ser jogados no sistema de esgoto sanitário, mas sim descartados no lixo normal, sendo posteriormente jogados nos aterros sanitários apropriados.

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