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19 de ago. de 2024

RECICLAGEM DO VIDRO: LAMENTÁVEL. AQUI NO BRASIL

E A TÃO PROPALADA "POLÍTICA DOS TRÊS Rs-REDUZIR, REAPROVEITAR, RECICLAR? NO ESQUECIMENTO? REPRODUZIDO DE: https://oeco.org.br/reportagens/por-que-o-vidro-e-o-material-menos-reciclado-no-brasil/
DESTAQUES: 1) Ainda que seja cem por cento reciclável e o seu reaproveitamento na cadeia produtiva envolva algumas vantagens ambientais, como a redução de emissão de dióxido de carbono (CO2) e de extração de areia e outras matérias-primas da natureza, o vidro é o material menos reciclado no Brasil. Alegando questões estratégicas, a indústria não revela exatamente o quanto produz, mas o mercado estima que a produção anual para o segmento de embalagens gire em torno de 1,5 milhão de toneladas, enquanto o seu reaproveitamento não chega a um quarto desse volume. Fontes especializadas ouvidas nesta reportagem explicam as principais razões para este cenário que leva ao descarte inadequado de mais de 1 bilhão de garrafas de vidro por ano e apontam soluções possíveis para o fortalecimento da logística reversa, algumas em andamento com resultados promissores. 2) Baixo valor de mercado, lacunas no sistema de coleta seletiva do Brasil, altos custos de transporte e dupla tributação ainda cobrada pelos produtos reciclados são alguns dos principais fatores que dificultam a reciclagem do vidro no país, problemas também comuns a materiais como papéis e plástico, temas de outras reportagens recentes de ((o))eco. Diante desse panorama desafiador para a logística reversa das embalagens pós-consumo, Juliana Schunck, diretora geral da Massfix, afirma que a extração de matéria-prima virgem para a produção tem sido a principal opção das indústrias. A questão preocupa em termos de alto custo ambiental, tendo em vista a finitude da capacidade de provisão da natureza dessa demanda no longo prazo, bem como pela fragilização de uma cadeia promissora para a economia circular. 3) "Vidro é principalmente composto de areia, matéria-prima barata e ainda abundante. Como falta motivação econômica para mover a cadeia do vidro, a reciclagem não tem tido a força que merece para avançar. A nossa logística reversa é desafiadora porque estamos falando de embalagens pulverizadas em diferentes localidades que envolvem um alto custo de recolhimento, sobretudo, fora dos grandes centros urbanos”, observa a executiva. Não por acaso, a empresa recicladora de vidros que dirige tem 30 anos de atuação e mesmo sendo a maior do setor na América Latina e contando com uma rede de 3 mil pontos de coleta no país, envolvendo 700 cooperativas, ainda enfrenta ociosidade devido à falta de matéria-prima. Segundo relata, a sua capacidade de produção é 30% superior ao volume de material que tem conseguido reciclar. 4) Não existe inviabilidade técnica para a expansão da reciclagem de vidro no país e que além de serem reutilizáveis, as embalagens de vidro podem ser infinitamente recicladas como ocorre com as latinhas de alumínio. A diferença é que o valor de mercado, por quilo, alcança R$ 7,00 para o alumínio, enquanto para o vidro chega, no máximo, a R$ 0,30. 5) Apesar dos percalços, ela acredita que o decreto 11.300 de 21 dezembro de 2022, o primeiro do Brasil a incentivar a logística reversa, não por acaso destinado às embalagens de vidro, deve impulsionar mudanças estruturais no futuro, tendo em vista os prazos estabelecidos para serem cumpridos pelos fabricantes, até 2032, quando o setor deverá alcançar 40% de vidro reciclado na produção. Em função disso, a gerente menciona que algumas empresas fabricantes estão investindo em novos fornos em estados como Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. 5)

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