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29 de out. de 2024
OS QUATRO PILARES DE SUSTENTAÇÃO DA VIDA NO PLANETA TERRA! NUMA VISÃO ECOLÓGICA: PRODUÇÃO , BIOGEOCICLAGEM, BIODIVERSIDADE e CONTROLE POPULACIONAL
Dando continuidade...
CAPÍTULO IV - CONTROLE POPULACIONAL
Referindo-se à população humana, é um dos princípios da sustentabilidade. Seguem-se dados das populações humanas e algumas cenas do cotidiano de várias populações humanas no mundo (India, China, Brasil...). A demanda por recursos naturais, produção de alimentos, serviços em geral e a geração de resíduos, certamente tornam a pegada ecológica relevante.
População mundial. Em 2024, a população mundial alcançou 8,1 bilhões de pessoas.
PROJEÇÕES DEMOGRÁFICAS FUTURAS, SEGUNDO A ONU
A nível mundial, a população continuará a crescer nos próximos anos. De acordo com as projeções da ONU, a população mundial deverá continuar a crescer durante os próximos 50 a 60 anos, atingindo um pico de aproximadamente 10,3 mil milhões de pessoas em meados da década de 2080. Após este pico, o número cairá para 10,2 mil milhões de pessoas até ao final do século.
Até 2024, a taxa de crescimento demográfico estimada por país indica que um grande número de territórios na Europa está atualmente passando por uma fase de declínio demográfico.
Por outro lado, os países com maior crescimento populacional estão todos localizados na África, onde as taxas de crescimento excedem os 2%, devido às elevadas taxas de natalidade. Países como o Sudão do Sul (4,7%), o Níger (3,7%) e Angola (3,3%) são os que registam o maior crescimento populacional.
FERTILIDADE GLOBAL EM DECLÍNIO
O estudo tenta atribuir o pico demográfico previsto a vários factores, sendo o principal o declínio dos níveis de fertilidade nos maiores países do mundo, em especial na China. A isto acresce o fato de as mulheres em todo o mundo terem, em média, menos um filho do que em 1990.
DECLÍNIO DEMOGRÁFICO, UMA OPORTUNIDADE PARA O AMBIENTE
O relatório sublinha também que o fato de se atingir o pico populacional mais cedo com um nível populacional inferior ao previsto pode representar um “sinal de esperança” para o ambiente. Isto poderá levar a uma menor procura global de bens e serviços, com a consequente redução dos impactos ambientais gerados pelo consumo humano. Isto não significa que não seja necessário reduzir o impacto médio per capita das atividades.
ALGUMAS CENAS DA VIDA HUMANA NOS GRANDES CENTROS URBANOS, EM DESTAQUE:
CAPACIDADE DE SUPORTE - CONCEITO:
CAPACIDADE DE SUPORTE (e CAPACIDADE DE SUPORTE CULTURAL)
CAPACIDADE DE SUPORTE = CAPACIDADE DE MANUTENÇÃO AMBIENTAL
Limite em que determinado ecossistema é capaz de suportar (ou manter) uma população ou
populações, em nível de equilíbrio, isto é, no ponto em que não há modificação significante no número de indivíduos dessa população.No agronegócio, particularmente na pecuária, fala-se em capacidade de suporte de pastagens ou taxa de lotação média (exemplo: cabeça de gado bovino por hectare).
CAPACIDADE DE SUPORTE CULTURAL. É uma expressão que foi introduzida pelo professor de ecologia
humana norte-americano, Garrett Hardin, autor da obra “The Tragedy of the Commons” (1968). Este ecólogo enfatiza que, além da necessidade de “pão e água para todos os passageiros da espaçonave Terra”, um país qualquer “não deveria ter mais pessoas do que poderia ter para desfrutar diariamente de um copo de vinho e um pedaço de bife no jantar”. Em outras palavras, nenhuma nação teria o direito de exigir ou reivindicar de outro país que este sacrifique seus recursos (florestas, fontes de água naturais, patrimônio paisagístico e outros bens naturais) em benefício de outros países (alguns esgotaram os seus recursos de maneira inconsequente); embora outros tenham sido saqueados por colonizadores! A qualidade de vida como resultado da capacidade cultural de um povo se reduziria à pobreza e ruína ambiental se a prioridade fosse a capacidade de suporte (ambiental) pura e simples.
27 de out. de 2024
OS QUATRO PILARES DE SUSTENTAÇÃO DA VIDA NO PLANETA TERRA! NUMA VISÃO ECOLÓGICA: PRODUÇÃO , BIOGEOCICLAGEM, BIODIVERSIDADE e CONTROLE POPULACIONAL
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CAPÍTULO III - BIODIVERSIDADE
BIODIVERSIDADE = DIVERSIDADE BIOLÓGICA
RIQUEZA DE ESPÉCIES # BIODIVERSIDADE
A biodiversidade refere-se à diversidade de espécies em determinado ecossistema. Este termo “diversidade” aplica-se melhor do que “variação ou variabilidade” que pode implicar em mudanças no número de espécies. Este é um importante componente funcional dos ecossistemas. Alguns autores falam de três tipos de diversidade: alfa ou local (variedade de números de espécies em área pequena, com habitat uniforme), gama ou regional (a variedade observada em todos os habitats numa região) e beta (a diferença entre um habitat e o próximo).
Há diferença entre os termos RIQUEZA DE ESPÉCIES e BIODIVERSIDADE de uma comunidade ou ecossistema. A “riqueza de espécies” refere-se à variedade de espécies que existe em certa comunidade (ou ecossistema). Significa, portanto, as diferentes espécies que ali existem. O termo “biodiversidade” tem implicação mais ampla, qual seja a inclusão de diversidade genética que possa existir dentro das espécies, sendo aqui os casos das subespécies e subpopulações. No entanto, como é pouco comum ter-se conhecimento sobre a existência de diversidade genética numa comunidade ou ecossistema, é preferível usar como denominação genérica o termo BIODIVERSIDADE.
BIODIVERSIDADE E CLIMA. Alguns autores admitem que ocorre na biosfera um aumento significativo na biodiversidade em função da variação climática, ou seja, a riqueza em espécies vai aumentando dos polos para os trópicos. Tal “força extrínseca” geraria um efeito cascata, ou seja, ocorreria gradiente de riqueza em que a biodiversidade dos herbívoros aumentaria e sobre eles aumentaria a pressão dos predadores, que por sua vez teria sua biodiversidade aumentada e assim por diante, na cadeia alimentar. Seria difícil este efeito cascata ser explicado no caso dos desertos tropicais e nas regiões de altitude elevada (ambos com baixa biodiversidade).
BIODIVERSIDADE SOB INFLUÊNCIA DE FATORES INDEPENDENTES DA LATITUDE. Há fatores que variam geograficamente mas que não dependem de latitude (nem de altitude), mas que dependem de distúrbios ou de limitações que alguns habitats sofrem, tal como a heterogeneidade das condições físicas e químicas desses habitats. Na mata atlântica, por exemplo, a deficiência nutricional do solo (latossolo mineralogicamente pobre) gera microhabitats diversos e com isso elevam-se as possibilidades de atuação de fatores bióticos, tais como aumento da competição pelos nutrientes disponíveis na necromassa e pela luz (eleva-se a competição pela radiação solar, devido ao próprio aumento da densidade de vegetação). Na mata atlântica é nítida a variedade arquitetural da folhagem e de ramos de árvores e de arbustos, assim como dos seus sistemas radiculares.
BIODIVERSIDADE E PRODUTIVIDADE. Segundo alguns autores, esta é “uma via de dois sentidos”. Em ambientes com baixo teor de nutrientes um aumento na biodiversidade acarretaria uma melhoria na produtividade. E num ambiente com alto teor em nutrientes um aumento na produtividade elevaria a dominância e reduziria a biodiversidade. Ou, resumindo segundo esses autores: a biodiversidade aumentando pode elevar a produtividade, mas se esta aumenta, quase sempre reduz a biodiversidade. Estes conhecimentos ainda são muito discutidos nos estudos sobre as HIPÓTESES: DIVERSIDADE- PRODUTIVIDADE e DIVERSIDADE-ESTABILIDADE.
BIODIVERSIDADE (com algumas ilustrações, em consonância com o propósito da presente postagem: simples, destacando a importância da preservação da biodiversidade na sustentabilidade). Vale salientar que o destaque é feito a partir de exemplos de cinco biomas do Brasil, o país da megadiversidade!
26 de out. de 2024
OS QUATRO PILARES DE SUSTENTAÇÃO DA VIDA NO PLANETA TERRA! NUMA VISÃO ECOLÓGICA: PRODUÇÃO , BIOGEOCICLAGEM, BIODIVERSIDADE e CONTROLE POPULACIONAL
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CAPÍTULO II - BIOGEOCICLAGEM
Fenômeno comum nos sistemas ecológicos (eco e agrossistemas) em que os elementos químicos, incluindo os nutrientes, tendem a circular na biosfera, por caminhos característicos, passando dos organismos para o ambiente e daí de volta para os organismos.
Vejam curto vídeo sobre biogeociclagem, como um importante fator de manutenção dos ecossistemas terrestres. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=mnFxwEkdpqI
A seguir vemos a representação resumida do ciclo da água.
Conceitos em destaque:
Segue-se o ciclo do nitrogênio, com algumas peculiaridades muito importantes para a produtividade de inúmeros ecossistemas.
Muito importante observar as seguintes características dos dois grandes biomas terrestres mundiais:
Neste ponto relacionado com a conservação das características de nossos ecossistemas tropicais florestais, tem sido destacado neste ecologiaemfoco, uma prática que tem mostrado ser viável, tanto para a conservação, como para o agronegócio. É o sistema LPF- Lavoura, Pecuária, Floresta.
24 de out. de 2024
OS QUATRO PILARES DE SUSTENTAÇÃO DA VIDA NO PLANETA TERRA! NUMA VISÃO ECOLÓGICA: PRODUÇÃO , BIOGEOCICLAGEM, BIODIVERSIDADE e CONTROLE POPULACIONAL
Em quatro (4) breves capítulos, de maneira sucinta e mais simples possível, vamos destacar o que aqui eu chamo de “essência para a compreensão da tão falada sustentabilidade” do planeta Terra!
CAPÍTULO I
PRODUÇÃO. É a base ou ponto inicial de todo o processo de manutenção da vida na Terra. Organismos clorofilados (plantas nos ecossistemas terrestres), fitoplâncton (nos ecossistemas aquáticos), são os únicos organismos estrutural e funcionalmente aptos a captar a energia solar e a partir de sais minerais e água, sintetizar compostos orgânicos que se constituem nos organismos propriamente ditos. Estes são os produtores primários. Muitos deles servirão de alimento para outros grupos de organismos, constituindo-se assim nos primeiros componentes da já bem conhecida cadeia alimentar. Seguem-se os consumidores que se alimentam dos produtores e são também denominados de herbívoros, que são devorados pelos carnívoros ou consumidores de segunda ordem e assim por diante…
No gráfico que segue, podemos observar que os raios que são mais absorvidos são na faixa do azul e do vermelho. E o raio verde é refletido pela clorofila, que então reflete o raio verde, daí a cor característica da maioria dos vegetais!
No gráfico seguinte está representada toda a trajetória do fluxo unidirecional da energia, desde o ponto em que a luz solar é absorvida, passando ao longo da cadeia alimentar. Em termos do fluxo de energia, desde a absorção da energia solar pelos produtores e sua passagem ao longo da cadeia alimentar, observamos que ao passar de um grupo de componentes para outro, há uma redução no valor energético acumulado (conforme é mostrado no esquema que se segue) devido a perdas pela respiração, energia não assimilada ou excretada; há partes do organismo herbívoro que não servem de alimento para os carnívoros, como por exemplo chifres, pelos, unhas… Nessa representação os valores energéticos são em kcal (quilo calorias). Ao passar de um “compartimento do ecossistema” ou categoria da cadeia alimentar, para outra, essas “perdas” de energia são interpretadas pela segunda lei da termodinâmica. Daí podemos afirmar que os organismos no início da cadeia alimentar são os mais potencializados para servir de alimento para os seguintes da cadeia.
Não é exagero em afirmar que cereais têm maior potencial energético para nos servir como alimento do que carnes de animais. Aqui, abrimos um parêntese para também destacar como preferir cereais nos conduziria a poupar recursos da Natureza! Neste “blog” há postagens sobre isso. É importante destacar aqui que na Natureza a existência dos animais carnívoros garante o equilíbrio dinâmico ou homeostase dos ecossistemas: carnívoros controlam as populações de herbívoros; que se não fossem controladas causariam danos de grandes proprções aos vegetais produtores primários. Com consequências imprevisíveis, nos nossos conhecimentos atuais. Aqui, destaco um dos quadros de uma de tais postagens.
Devemos ainda considerar, em termos de custos para o ambiente, a quantidade de água que precisa ser utilizada para produção de grãos! Assim vejamos o quadro seguinte.
Concluindo este Capítulo I - PRODUÇÃO, segue-se um quadro (generalizado) sobre produtividade ecológica mundial.
16 de out. de 2024
RODOVIA NA AMAZÔNIA: SOLUÇÃO OU MAIS UM PROBLEMA?!
REPRODUZIDO DE:
https://oeco.org.br/reportagens/br-319-a-estrada-da-discordia-na-amazonia/
DESTAQUES:
1) O governo federal está com uma estrada atravessada na garganta. O plano de retomar a pavimentação da BR-319, rodovia de 877 quilômetros que já ligou as capitais de Porto Velho (RO) e Manaus (AM) e que hoje se resume a um caminho esburacado e engolido pela mata, expõe a dualidade e a falta de consenso sobre o que fazer com uma das áreas mais sensíveis de toda a Amazônia.
2) Em tempo de recordes de queimadas e eventos climáticos extremos impulsionados pela queda da floresta, o projeto transformou a BR-319 na estrada da discórdia, opondo alas do próprio governo. Neste jogo de força, a tendência é que a corda estoure, mais uma vez, do lado mais fraco: o meio ambiente. As resistências, porém, não dão trégua.
14 de out. de 2024
SÃO PAULO: A MAIOR CAPITAL NO BRASIL, MAIOR EM TUDO...
...OU SERIA QUASE TUDO?!
PROBLEMAS QUE PODERIAM SER EVITADOS POR UM TRABALHO PREVENTIVO EFICIENTE E EFICAZ...
REPRODUZIDO DE:
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/10/14/grande-sp-ainda-tem-537-mil-imoveis-sem-energia-na-manha-desta-segunda-3-dia-do-apagao-diz-enel.ghtml
DESTAQUES:
1) A Enel informou que 537 mil imóveis da capital paulista e cidades da Grande São Paulo ainda continuavam sem energia elétrica até as 05h40 desta segunda-feira (14), terceiro dia de apagão.
Segundo a empresa, cerca de 354 mil desses endereços sem luz estão na capital paulista, enquanto os demais estão em cidades como Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo do Campo, na Grande SP.
2) Na cidade de São Paulo, os bairros mais afetados neste momento são Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís, afirmou a concessionária.
Endereços sem luz na Grande SP
São Paulo - 354 mil imóveis
Cotia - 36,9mil imóveis
Taboão da Serra - 32,7 mil imóveis
São Bernardo do Campo - 38,1 mil imóveis.
3) A falta de energia ocorre após um temporal ter atingido o estado de São Paulo na última sexta-feira (11). Segundo a Defesa Civil, sete pessoas morreram na Região Metropolitana e no interior do estado.
12 de out. de 2024
AQUÍFERO: SÓ RETIRADAS CRESCENTES! REPOSIÇÕES: DEFICIENTES!!!
ÁGUA SUBTERRÂNEA, LENÇOL FREÁTICO... DEIXANDO DE SER RESERVA ESTRATÉGICA! PREOCUPANTE!!!
REPRODUZIDO DE:
https://veja.abril.com.br/ciencia/chuvas-nao-conseguem-repor-agua-consumida-do-aquifero-guarani-alerta-estudo
DESTAQUES
Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) mediu a contribuição das águas pluviais e subterrâneas para a manutenção de nascentes e rios na região de Brotas, na porção central do Estado de São Paulo, localizada na sub-bacia do Alto Jacaré-Pepira, onde o abastecimento urbano, a agricultura e o turismo intensivo dependem fortemente dos recursos hídricos. Os resultados, divulgados na revista Isotopes in Environmental and Health Studies, indicam que as chuvas não conseguem repor toda a água do Aquífero Guarani que vem sendo utilizada nas diversas atividades humanas, o que coloca a sustentabilidade do sistema em risco.
2) Os aquíferos são as maiores fontes de água potável do mundo. E o Guarani é o maior aquífero transfronteiriço – isto é, que se estende pelo subsolo de vários países. Sua área total, de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados, abrange trechos no Brasil, no Paraguai, no Uruguai e na Argentina. Dois terços estão no território nacional, alcançando os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
3) Nas partes centrais da Bacia Sedimentar do Paraná, o Aquífero Guarani pode atingir espessuras de até 450 metros e situar-se a profundidades superiores a 1.000 metros.
Ainda que a quantidade de água doce seja descomunal – com um volume total armazenado de 30 mil quilômetros cúbicos e um volume disponível de 2 mil quilômetros cúbicos –, esse recurso natural,
como tudo no mundo, também é finito, sujeito a esgotamento e contaminação por poluentes.
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