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23 de jan. de 2012

DOIS INSETOS “EXPLOSIVOS”

ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA (III)

Breve narrativa sobre dois insetos que quando ameaçados ou até mesmo, irritados, explodem! Se não isso, no mínimo usam de mecanismos que os fazem imunes a ameaças.

O primeiro deles é o besouro-bombardeiro ou besouro-artilheiro. Vejamos o texto extraído da Wikipédia; e também da interessante obra de “Thomas Eisner (2005). For Love of Insects, Harvard University Press, 448p.” sobre esse inseto:
O termo besouro-bombardeiro (nome científico da espécie da ilustração: Stenaptinus insignis; espécie africana) é a designação comum a diversas espécies de besouros da família dos carabídeos. Também são conhecidos pelo nome de besouro-artilheiro. Esse inseto vive a maior parte do tempo escondendo-se entre raízes de árvores ou debaixo de pedras. Sendo um animal carnívoro, eles se alimentam de insetos de corpo mole.

Esta modesta criatura se defende de uma maneira bastante peculiar; seu corpo possui duas bolsas com substâncias químicas que explodem quando misturadas (peróxido de hidrogênio e hidroquinona), mas são benignas quando mantidas separadas. Assim, a primeira capacidade é que esse besouro possui duas bolsas distintas que mantêm as substâncias químicas separadas até que ele precise da reação química para protegê-lo.
Entretanto, uma outra capacidade se faz necessária para impedir que a explosão que ocorre fora do corpo do besouro atinja-o quando a corrente do produto químico explosivo irrompe para fora do corpo. Se essa corrente fosse contínua, o produto da mistura poderia prejudicá-lo; no entanto, o besouro expele sua corrente em pulsações gotejantes pequenas e contínuas. A pulsação também evita o superaquecimento durante as ejeções. Um superaquecimento também poderia causar desnaturação de proteínas. Para exercer controle sobre a quantidade de secreção expelida em cada descarga ele simplesmente controla a duração da compressão do reservatório. Em breves palavras: “a metralhadora do besouro-bombardeador atira balas líquidas de mesmo calibre”, numa taxa (velocidade e tempo) que ele próprio estabelece e numa quantidade que ele próprio controla.



O outro inseto “explosivo” é a formiga carpinteira (Camponotus spp). Quando a (formiga) operária está sob ataque e sabe que vai perder, ela “explode”. Comprime as paredes de seu abdômen tão rapidamente e com tanta força fazendo explodir o “saco com ácido” que existe em seu abdômen, expelindo toxina (ácido fórmico).
As ilustrações, reproduzidas do livro de Thomas Eisner, de um experimento, mostram que a formiga não reage quando é agarrada pelas costas; somente expele a toxina no momento que “morde um pedaço de borracha que é posto próximo de sua mandíbula”. Ou seja, o ácido fórmico que ela expele exerce ação eficiente somente no local do ferimento da presa (ou inimigo) que ela morde.

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