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25 de set. de 2025
MAIS "LENHA NA FOGUEIRA" DA COP...
...AGORA, A COP30, QUANDO ALGUNS ACREDITAM QUE O BRASIL VAI LIDERAR O COMBATE AOS EXTREMOS CLIMÁTICOS (?!)
REPRODUZIDO DE:
https://jornal.unesp.br/2025/09/23/faltando-menos-de-50-dias-para-a-cop-30-artigo-de-docente-da-unesp-chama-a-atencao-para-descompasso-entre-ambicoes-diplomaticas-do-brasil-e-falhas-na-governanca-de-desastres-climaticos/
Faltando menos de 50 dias para a COP 30, artigo de docente da Unesp chama a atenção para descompasso entre ambições diplomáticas do Brasil e falhas na governança de desastres climáticos.
DESTAQUES:
1) Um artigo de opinião escrito pelo professor da Unesp Enner Alcântara e publicado no último dia 22 de setembro na revista Nature Waters discute como o despreparo do Brasil diante dos recentes eventos extremos hidroclimáticos – e as perdas humanas e materiais decorrentes dessa limitação – podem minar a credibilidade do país e prejudicar sua ambição de liderar o debate climático global. Essa ambição, aliás, viverá um momento decisivo por ocasião da COP30, que se iniciará em 10 de novembro em Belém, no Pará, e que tem sido objeto de sérias dificuldades organizacionais para o governo brasileiro. Alcântara estará na COP30 à convite do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), integrando uma mesa redonda sobre Sistemas de Alertas para Ameaças Múltiplas que será parte de uma sessão sobre desastres climáticos.
2) No texto, o professor do Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais, no câmpus de São José dos Campos, cita as tragédias ocorridas nos últimos três anos em Petrópolis (RJ), São Sebastião (SP) e Porto Alegre (RS) como exemplos de falhas do país na governança de desastres e da incapacidade política de estabelecer políticas que estimulem ações preventivas. A questão, aponta o pesquisador, não é técnica, uma vez que o Brasil dispõe de instituições e instrumentos para orientar essa gestão do risco. “O que ocorre é que esse conhecimento raramente chega ao planejamento urbano, ao licenciamento de obras e à manutenção de infraestruturas críticas”, afirma. Neste cenário, resta o investimento tardio em medidas de socorro e reconstrução após as tragédias, um padrão observado nas três tragédias mencionadas pelo docente.
3) "Sim, existe uma incoerência. O Brasil assumirá a liderança mundial no debate climático com a realização da COP30 em Belém, mas internamente continua repetindo falhas históricas de prevenção e adaptação. Isso ficou evidente em eventos recentes, como as tragédias de Petrópolis, São Sebastião e Porto Alegre, onde previsões e alertas existiam, mas não se traduziram em ações eficazes. A implicação é dupla: de um lado, perdemos vidas, infraestrutura e recursos em desastres que poderiam ter impactos menores com planejamento adequado; de outro, enfraquecemos nossa credibilidade internacional. Um país que pretende liderar a diplomacia climática precisa mostrar coerência entre discurso e prática, especialmente no cuidado com suas populações mais vulneráveis".
OBS. (DO RESPONSÁVEL POR ESTE "BLOG"):
Todos nós sabemos que "o preventivo é mais barato do que o remediativo". Daí...
24 de set. de 2025
CHIMPANZÉS INGEREM ÁLCOOL?! E POR QUÊ NÃO?...
...ELES TÊM MAIS DE 98% DO SEU GENOMA EM SIMILARIDADE COM OS SERES HUMANOS!!!
REPRODUZIDO DE "THE GUARDIAN" [https://www.theguardian.com/science/2025/sep/17/chimps-drink-beer-day-alcohol-fermented-fruit]
DESTAQUES:
1) Chimpanzés consomem o equivalente a uma cerveja por dia em álcool de frutas fermentadas.
2) Pesquisadores chegaram às primeiras estimativas da ingestão diária de álcool por chimpanzés selvagens após medir os níveis de etanol em frutas caídas que os macacos coletam do solo da floresta no Parque Nacional de Kibale, em Uganda, e no Parque Nacional de Taï, na Costa do Marfim.
Embora as frutas individuais contivessem menos de 0,5% de álcool, a ingestão diária dos chimpanzés aumentava à medida que devoravam a polpa da fruta madura. Os macacos eram particularmente apreciadores por figos, que continham alguns dos níveis mais altos de álcool registrados pela equipe.
3) Os pesquisadores acreditam que o consumo de álcool pelos chimpanzés na natureza corrobora sua hipótese do "macaco bêbado", que postula que a propensão humana à bebida tem raízes na necessidade de nossos ancestrais primatas por frutas maduras, fermentadas e ricas em energia. A atração humana pelo álcool provavelmente surgiu dessa "herança alimentar", disse Maro (autor das pesquisas). Os detalhes foram publicados na "Science Advances".
22 de set. de 2025
"BOLAS DE NETUNO": O QUE ANTIGAMENTE ERA SÓ ALGAS, AGORA CONTÊM TAMBÉM PLÁSTICOS!
REPRODUZIDO DE:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cn4wld7d2wqo
DESTAQUES:
1) Enquanto minúsculos pedaços de plástico invadem nossos oceanos, campos naturais de algas marinhas recolhem microplásticos e os lançam de volta para as praias, na forma de "bolas de Netuno".
As bolas de Netuno (Posidonia oceanica) são emaranhados de algas marinhas redondos e compactos, encontrados principalmente no mar Mediterrâneo.
2) As Posidonia são usadas há séculos para embalagem, roupas de cama e até para o isolamento de residências.
Mas pesquisadores da Universidade de Barcelona, na Espanha, descobriram que essas bolas esponjosas estão realizando espontaneamente outra função. Elas estão retirando plástico do fundo do mar.
3) No oceano, os microplásticos (partículas de plástico de menos de 5 mm) costumam se originar de produtos como sacos plásticos, garrafas e redes de pesca. Estes fragmentos de plástico podem prejudicar nossa saúde, afetando desde os ossos e as funções cerebrais até os hormônios.
A maior parte da poluição de plástico tem origem em terra firme, mas o oceano (incluindo os prados de algas marinhas) age como escoadouro.
4) Todos os anos, 1,15 a 2,41 milhões de toneladas de plástico fluem dos rios para o mar. E, se um rio entrar no mar em um local onde houver crescimento de Posidonia, parte daquele plástico fica preso e se acumula.
5) Como as bolas chegam ao litoral.
Mares turbulentos, particularmente durante tempestades e mudanças da maré, podem deslocar as bolas de Netuno do fundo do oceano, segundo Sánchez-Vidal. Algumas bolas mergulham em águas mais profundas, enquanto outras são levadas para o litoral.
"Dizemos que é uma forma que o mar tem de devolver para nós o lixo que nunca deveria estar no leito do oceano", explica Sánchez-Vidal.
Mas a pesquisadora ressalta que as bolas de Netuno não são uma saída para o problema do plástico nos oceanos. "Nunca consideramos as bolas como uma solução, nem como uma forma de limpar o lixo do mar."
21 de set. de 2025
A EPIGENÉTICA DE MODO MAIS RESUMIDO E OBJETIVO
REPRODUZIDO DE:https://gemini.google.com/share/08c1592ffd1d
EPIGENÉTICA: O QUE É E IMPORTÂNCIA.
A epigenética é um campo da biologia que estuda as mudanças na expressão gênica, ou seja, no processo em que a informação contida em um gene é usada para criar um produto funcional (como uma proteína). Essas mudanças não alteram a sequência de DNA em si, mas afetam como o DNA é lido pelas células.
Pense no seu DNA como um livro de receitas. A epigenética não muda as palavras no livro, mas determina quais receitas serão lidas, quais serão ignoradas ou se serão lidas mais ou menos vezes. Essas "instruções" epigenéticas podem ser influenciadas por diversos fatores e podem, inclusive, ser passadas para as próximas gerações.
DESTAQUES:
1) Mecanismos Epigenéticos.
Existem vários mecanismos que atuam na epigenética. Os principais incluem:
Metilação do DNA: A adição de um grupo metil a certas partes do DNA (especificamente, a citosina). Isso geralmente desliga os genes, dificultando a sua leitura.
Modificação de Histonas: O DNA se enrola em proteínas chamadas histonas. As modificações químicas nessas histonas podem alterar o quão apertado o DNA está enrolado. Se o DNA estiver muito apertado, os genes ficam inacessíveis e inativos; se estiver mais solto, eles se tornam mais acessíveis e podem ser ativados.
RNA não codificador: Moléculas de RNA que não codificam proteínas podem influenciar a expressão gênica de diversas formas, por exemplo, inibindo a produção de proteínas.
2) O Que Influencia a Epigenética?
Diversos fatores ambientais e comportamentais podem afetar a sua epigenética, incluindo:
Dieta: A alimentação pode fornecer compostos que são essenciais para a metilação do DNA, como o folato.
Estresse: Altos níveis de estresse podem alterar a expressão de genes relacionados à resposta ao estresse.
Exposição a toxinas: Produtos químicos e poluentes podem influenciar os padrões epigenéticos.
Exercício físico: A atividade física regular pode alterar a metilação do DNA em genes associados ao metabolismo e à inflamação.
3) Por Que a Epigenética é Importante?
A epigenética ajuda a explicar por que gêmeos idênticos, que têm o mesmo DNA, podem apresentar diferenças na saúde, no desenvolvimento e até em traços de personalidade ao longo da vida. As escolhas de vida e o ambiente de cada um podem moldar seu "epigenoma", levando a essas variações.
Esse campo de estudo também tem implicações significativas para a compreensão e o tratamento de doenças como o câncer, distúrbios neurológicos e diabetes. Pesquisadores buscam maneiras de reverter ou modificar padrões epigenéticos prejudiciais para prevenir e tratar doenças.
Quer saber mais sobre como a epigenética se relaciona com alguma área específica, como a nutrição ou o envelhecimento?
Como na epigenética as instruções são repassadas para as gerações seguintes
A capacidade de transmitir informações epigenéticas para as gerações futuras é um dos aspectos mais fascinantes e complexos da epigenética, conhecida como herança epigenética transgeracional. Embora o DNA seja a principal forma de herança, as "marcas" epigenéticas que as células adquirem ao longo da vida também podem ser repassadas.
Essa transmissão não altera a sequência de DNA dos genes, mas sim a forma como eles são expressos. Funciona de maneira um pouco diferente dependendo se a herança é de curta ou longa duração.
4) Como a Herança Acontece.
A transmissão das marcas epigenéticas ocorre principalmente através das células germinativas: o óvulo e o espermatozoide. Quando um fator ambiental, como a dieta ou o estresse, causa uma modificação epigenética, essa "instrução" pode, em alguns casos, não ser apagada durante a formação das células reprodutivas.
Normalmente, o corpo passa por um processo de "reinicialização" (ou reprogramação epigenética) para apagar a maioria das marcas epigenéticas adquiridas ao longo da vida, garantindo que o embrião comece o desenvolvimento com um "epigenoma" limpo. No entanto, algumas marcas resistem a essa limpeza e são transmitidas para a próxima geração.
5) Tipos de Herança Epigenética.
A transmissão de informações epigenéticas pode ser dividida em dois tipos principais:
Herança Intergeracional: Ocorre quando uma alteração epigenética afeta a geração seguinte (F1). Por exemplo, se uma mulher grávida é exposta a uma toxina, a saúde dela (geração F0), o feto em desenvolvimento (geração F1) e as células reprodutivas do feto que darão origem aos netos (geração F2) são diretamente afetadas. Nesse caso, a alteração em F2 ainda é considerada uma consequência da exposição direta da avó.
Herança Transgeracional: É a transmissão de uma alteração epigenética para uma geração que não foi diretamente exposta ao fator original. Para que a herança seja considerada verdadeiramente transgeracional, a alteração precisa persistir por pelo menos três gerações (F3 ou mais) no caso de herança via linha materna, ou duas gerações (F2 ou mais) via linha paterna, sem qualquer exposição subsequente ao estímulo original.
6) Exemplos e Implicações.
Um dos exemplos mais estudados é o caso da Fome Holandesa de 1944-45. Pessoas que estavam no útero de suas mães durante a fome desenvolveram alterações epigenéticas que as tornaram mais suscetíveis a doenças como diabetes e obesidade na vida adulta. Além disso, evidências sugerem que essas alterações também podem ter sido transmitidas aos seus filhos.
Outros estudos em animais e humanos mostram que traumas, estresse crônico, exposição a poluentes e dieta dos pais podem influenciar a saúde, o metabolismo e até o comportamento de seus descendentes, mesmo que estes não tenham sido expostos aos mesmos fatores.
A herança epigenética transgeracional demonstra que o ambiente e as experiências de uma pessoa podem ter um impacto duradouro, não apenas em sua própria saúde, mas também na de seus filhos e netos, abrindo novas perspectivas sobre a saúde, a evolução e a forma como nos adaptamos ao mundo.
[O Gemini pode apresentar informações imprecisas, inclusive sobre pessoas. Por isso, cheque as respostas].
EPIGENÉTICA - NOVO PARADIGMA DA BIOLOGIA! GÊMEOS MONOZIGÓTICOS AO LONGO DA VIDA DESENVOLVEM ALGUMAS DIFERENÇAS…
... SOB AÇÕES DO MEIO AMBIENTE EM QUE VIVEM.
OBS.: INFORMAÇÕES OBTIDAS DO "GEMINI-GOOGLE" COM PESQUISAS EM 43 "sites".
Epigenética: O Campo da Biologia que Redefine a Hereditariedade, a Saúde e a Interação com o Ambiente
Uma Análise Abrangente dos Mecanismos, Implicações e o Futuro da Medicina Personalizada
I. Introdução: O Novo Paradigma da Biologia
1.1. Definindo a Epigenética: Além da Sequência do DNA
A epigenética representa um dos campos mais intrigantes da biologia contemporânea, desafiando a noção de que o destino de um organismo é rigidamente determinado pela sequência de seu DNA. A disciplina concentra-se no estudo de alterações químicas e estruturais que regulam a atividade dos genes sem modificar a sequência original da molécula de ácido desoxirribonucleico (DNA). Tais processos funcionam como uma camada de controle que orquestra a expressão gênica, permitindo que o genoma responda de forma dinâmica aos estímulos internos e externos.
Para facilitar a compreensão deste conceito fundamental, a epigenética é frequentemente descrita por meio de analogias. Uma delas compara os mecanismos epigenéticos a "interruptores moleculares que ligam ou desligam regiões do DNA conforme necessário". Outra metáfora esclarece a diferença em relação à genética tradicional, afirmando que "a genética define o código, mas a epigenética decide como ele será lido". Essas analogias são cruciais para entender como a informação genética, que permanece fixa, pode produzir uma diversidade impressionante de resultados biológicos. Um exemplo clássico e convincente é a divergência entre gêmeos idênticos (monozigóticos). Apesar de compartilharem uma sequência de DNA virtualmente idêntica, esses indivíduos podem desenvolver características físicas e doenças distintas ao longo da vida, uma evidência irrefutável da influência dos fatores epigenéticos.
1.2. Genética vs. Epigenética: Uma Diferença Fundamental
A distinção entre genética e epigenética é essencial para a compreensão de como o ambiente interage com o genoma. A genética tradicional é o estudo da hereditariedade dos genes, o "código-fonte" que carrega as instruções para o desenvolvimento e o funcionamento do corpo. Por outro lado, a epigenética foca-se na expressão desses genes em resposta a uma miríade de estímulos externos, como dieta, estresse e exposição a toxinas. A genética, portanto, estabelece a predisposição para certas condições, enquanto a epigenética molda como essa predisposição se manifestará ao longo da vida.
A característica mais marcante das alterações epigenéticas é a sua reversibilidade, um contraste fundamental em relação às mutações genéticas, que são geralmente permanentes. Essa flexibilidade sugere que os indivíduos podem influenciar positivamente seu bem-estar através de escolhas diárias, como a adoção de hábitos saudáveis, que podem alterar o padrão de expressão de seus genes.
Essa distinção entre os dois campos transcende a biologia molecular para oferecer uma nova perspectiva sobre a antiga dicotomia entre "natureza e criação" (nature vs. nurture). A pesquisa epigenética demonstra que essa não é uma escolha binária, mas uma interação complexa e interdependente. O genoma (a "natureza") não é um destino imutável; seu funcionamento é constantemente modulado pelo ambiente e pelo estilo de vida (a "criação"). Ao revelar a conexão molecular entre genes e ambiente, a epigenética empodera os indivíduos a adotarem uma abordagem proativa em relação à sua saúde, compreendendo que suas escolhas têm a capacidade de modular a forma como seu próprio genoma é regulado.
II. Os Mecanismos Moleculares do Epigenoma
A regulação da expressão gênica em nível epigenético é mediada por um conjunto de mecanismos moleculares interconectados que atuam de forma coordenada para controlar o acesso e a leitura da informação contida no DNA. Os três pilares mais estudados da epigenética são a metilação do DNA, as modificações de histonas e o papel dos RNAs não codificantes.
2.1. A Metilação do DNA: Silenciamento Preciso
A metilação do DNA é o mecanismo epigenético mais bem caracterizado e envolve a adição de um grupo metil (CH_{3}) a uma base nitrogenada no DNA. Em eucariotos, esse processo ocorre tipicamente na posição 5 do anel de pirimidina da citosina, especialmente quando ela está adjacente a uma guanina, formando o dinucleotídeo CpG. A presença de grupos metil em regiões promotoras de genes atua como um obstáculo físico e químico. Essa modificação dificulta o acesso dos fatores de transcrição — as proteínas necessárias para iniciar a leitura do gene — à dupla hélice do DNA. O resultado é a inibição da transcrição, o que efetivamente silencia o gene. A metilação do DNA é um processo fundamental para diversos fenômenos biológicos, desde o desenvolvimento embrionário até a inativação do cromossomo X.
2.2. As Modificações de Histonas: A Linguagem da Cromatina
Além do DNA, as proteínas associadas a ele, conhecidas como histonas, também são alvos de regulação epigenética. As histonas são proteínas em torno das quais o DNA se enrola para formar a cromatina, uma estrutura que compacta o DNA dentro do núcleo celular. A densidade de empacotamento da cromatina é um fator crítico na determinação da expressão gênica. Várias modificações químicas podem ocorrer nos "rabos" das histonas, incluindo metilação, acetilação, fosforilação, ubiquitinação e sumoilação. A acetilação de histonas, por exemplo, relaxa a estrutura da cromatina, tornando-a mais "aberta" e facilitando o acesso do maquinário de transcrição ao DNA, o que promove a expressão gênica. Por outro lado, a metilação de histonas pode tanto ativar quanto reprimir genes, dependendo do resíduo de aminoácido que é modificado, mas frequentemente leva à compactação da cromatina e ao silenciamento gênico. A combinação dessas modificações cria um "código de histonas" que a célula interpreta para determinar quais genes devem ser expressos em um dado momento.
2.3. O Papel Regulatório dos RNAs Não Codificantes (ncRNAs)
A terceira categoria de mecanismos epigenéticos envolve os RNAs não codificantes (ncRNAs), moléculas de RNA que não são traduzidas em proteínas, mas desempenham um papel crucial na regulação da expressão gênica. Existem diversos tipos de ncRNAs, incluindo microRNAs (miRNAs), pequenos RNAs de interferência (siRNAs), piRNAs e RNAs longos não codificantes (lncRNAs).
Esses ncRNAs atuam em vários níveis para modular a expressão gênica. Eles podem reprimir a tradução de mRNAs, interagir com fatores de transcrição, e, de forma significativa, influenciar a metilação do DNA e as modificações de histonas. A capacidade dos ncRNAs de modular os outros dois mecanismos epigenéticos (metilação e modificação de histonas) revela que esses processos não operam em silos isolados, mas fazem parte de uma rede regulatória integrada e sofisticada. A partir dessa perspectiva, os ncRNAs podem ser vistos como reguladores mestres que orquestram a paisagem epigenética celular em resposta a uma ampla gama de sinais intracelulares e extracelulares.
Tabela 1: Principais Mecanismos Epigenéticos e Suas Funções
| Mecanismo | Ação Molecular | Efeito na Expressão Gênica | Fontes Relevantes |
|---|---|---|---|
| Metilação do DNA | Adição de um grupo metil (CH_{3}) à citosina, formando 5-metilcitosina, tipicamente em dinucleotídeos CpG. | Geralmente leva ao silenciamento gênico ao impedir a ligação de fatores de transcrição. | |
| Modificação de Histonas | Alterações químicas (ex: acetilação, metilação) em resíduos de aminoácidos nas histonas. | Pode ativar ou reprimir a expressão gênica, dependendo da modificação, alterando a estrutura da cromatina. | |
| RNAs Não Codificantes (ncRNAs) | Moléculas de RNA que não codificam proteínas. Incluem miRNAs, lncRNAs, entre outros. | Reguladores que podem reprimir a tradução de mRNA e modular a metilação do DNA e modificações de histonas. | |
III. O Epigenoma em Ação: Do Desenvolvimento à Adaptação
O epigenoma não é uma entidade estática; é um sistema dinâmico que atua em momentos-chave da vida de um organismo, desde o desenvolvimento embrionário até a resposta a estímulos ambientais. As modificações epigenéticas são a força motriz por trás da diferenciação celular e servem como a interface crítica entre a predisposição genética e a experiência de vida.
3.1. Diferenciação Celular e Desenvolvimento Embrionário
Um dos papéis mais cruciais da epigenética é na diferenciação celular. As células de um organismo multicelular, com exceção das células germinativas e do sistema imune, são geneticamente idênticas. Contudo, elas se especializam em diferentes tipos celulares — como neurônios, hepatócitos ou células epiteliais — porque grupos específicos de genes são "ligados" ou "desligados" por meio de modificações epigenéticas. No desenvolvimento embrionário, modificadores epigenéticos estabilizam a expressão gênica e garantem que os padrões de metilação do DNA e modificações de histonas sejam restabelecidos nas células após a divisão celular. Este processo garante que a identidade de cada célula seja mantida e passada para suas descendentes. A compreensão desse mecanismo é vital para a biologia do desenvolvimento e para a medicina regenerativa, pois desvenda como a diversidade funcional surge a partir de um único código genético.
3.2. A Ponte entre Genoma e Ambiente: O Poder do Estilo de Vida
A epigenética estabelece um elo tangível entre a predisposição genética de um indivíduo e as influências do ambiente em que ele vive. Fatores de estilo de vida atuam como moduladores poderosos, influenciando a expressão de genes e, consequentemente, a saúde e o comportamento.
3.2.1. Influência da Dieta e da Nutrição
A dieta é um dos fatores ambientais mais estudados por sua profunda influência no epigenoma. Nutrientes e metabólitos presentes nos alimentos atuam como substratos ou cofatores essenciais para as enzimas que adicionam ou removem marcas epigenéticas. O clássico estudo dos camundongos agouti ilustra dramaticamente essa relação. Fêmeas gestantes com uma dieta rica em doadores de metil, como folato e vitamina B12, deram à luz a filhotes marrons e saudáveis, em contraste com a prole amarela, obesa e propensa a doenças de mães com dieta deficiente. Da mesma forma, uma dieta ocidental, rica em gorduras e carboidratos refinados, tem sido associada a alterações epigenéticas prejudiciais que aumentam o risco de doenças crônicas como hipertensão e diabetes tipo 2, enquanto dietas ricas em vegetais e compostos bioativos, como a dieta mediterrânea, têm efeitos epigenéticos positivos.
3.2.2. Impacto do Estresse, de Traumas e de Toxinas
O estresse crônico e as experiências traumáticas também se traduzem em modificações epigenéticas que podem afetar a saúde física e mental. Pesquisas indicam que o estresse prolongado pode levar a alterações epigenéticas em genes que regulam a neurotransmissão e a neuroplasticidade, impactando a tomada de decisão e aumentando a sensibilidade ao estresse. Um indivíduo que vivencia uma infância marcada por abuso ou negligência, por exemplo, pode desenvolver alterações epigenéticas que o tornam mais vulnerável à ansiedade e a outros transtornos mentais na vida adulta. A exposição a toxinas e substâncias químicas ambientais também pode induzir alterações epigenéticas que aumentam o risco de doenças crônicas, incluindo o câncer.
Tabela 2: Fatores Ambientais e Seus Efeitos Epigenéticos Documentados
| Fator Ambiental | Mecanismo Epigenético Influenciado | Efeito Documentado | Fontes Relevantes |
|---|---|---|---|
| Dieta | Metilação do DNA (via doadores de metil), Modificações de histonas, Regulação de ncRNAs. | Alteração de fenótipo em camundongos (estudo agouti); Maior risco para doenças crônicas (obesidade, diabetes tipo 2) com dietas desequilibradas. | |
| Estresse Crônico | Metilação do DNA, Modificações de histonas. | Aumento da sensibilidade ao estresse; Risco elevado de transtornos de ansiedade e doenças mentais; Alterações estruturais no cérebro. | |
| Exposição a Toxinas | Alterações epigenéticas, como metilação anormal do DNA. | Aumento do risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como o câncer. | |
| Exercício Físico | Modificações de histonas, Metilação do DNA. | Indução de modificações epigenéticas benéficas para os sistemas cardiovascular, metabólico e cognitivo. | |
IV. A Epigenética na Saúde e na Doença
A disciplina da epigenética oferece uma compreensão mais rica e complexa da etiologia das doenças, indo além das mutações genéticas para incluir as interações dinâmicas entre o genoma e o ambiente.
4.1. O Legado da Herança Epigenética Transgeracional
Um dos achados mais notáveis da epigenética é a herança epigenética transgeracional, que consiste na transmissão de marcas epigenéticas através das células germinativas (gametas), passando-as de uma geração para a outra. Ao contrário da herança genética, que é baseada na sequência do DNA, essa forma de herança transmite características adquiridas ao longo da vida, como o medo ou a obesidade, a descendentes que nunca foram expostos ao estímulo original.
Estudos em camundongos, por exemplo, demonstraram a transmissão de obesidade e resistência insulínica de pais para seus descendentes, mesmo quando a prole não foi exposta a uma dieta rica em gordura. Outro estudo clássico mostrou que camundongos condicionados a ter medo de um som por meio de choques elétricos transmitiram essa resposta de medo a seus descendentes, que manifestaram os sintomas ao ouvir o som sem nunca terem recebido o choque. Tais descobertas sugerem que as experiências ambientais de uma geração podem "preparar" as próximas gerações para um ambiente semelhante, oferecendo um mecanismo de adaptação mais rápido do que as mutações genéticas. No entanto, essa adaptabilidade pode se tornar uma vulnerabilidade se o ambiente mudar drasticamente, pois um padrão epigenético útil para a geração dos pais pode se tornar patológico para a prole. Isso amplia o escopo da saúde pública, que deve considerar não apenas a saúde atual dos indivíduos, mas o legado epigenético transmitido pelas gerações anteriores.
4.2. Epigenética e Patologia: O Epigenoma Desregulado
O desequilíbrio nos padrões epigenéticos tem sido associado a uma ampla gama de patologias, pois um epigenoma disfuncional pode levar à expressão aberrante ou ao silenciamento de genes cruciais.
4.2.1. Câncer
A relação entre epigenética e câncer é profundamente complexa e um campo de intensa investigação. Alterações epigenéticas, como a metilação anormal do DNA e modificações de histonas, podem desregular a expressão de genes essenciais, levando à ativação de oncogenes (genes que promovem o crescimento do câncer) e ao silenciamento de genes supressores de tumor (que previnem a proliferação celular descontrolada). Essas alterações podem preceder o desenvolvimento de tumores e são frequentemente observadas em diversos tipos de câncer.
4.2.2. Doenças Neurológicas e Mentais
A epigenética tem transformado a compreensão da etiologia de doenças neurológicas e mentais, como a esquizofrenia, o autismo e o Alzheimer. A incapacidade de encontrar um único gene responsável por esses transtornos sugere que eles não são causados por mutações genéticas simples, mas por uma complexa interação entre a predisposição genética e fatores ambientais. Alterações epigenéticas podem mediar essa interação, afetando a expressão de genes envolvidos na função sináptica, na plasticidade neuronal e na neurotransmissão. Desse modo, a epigenética oferece uma nova via para entender como o estresse e traumas podem influenciar o risco de desenvolver transtornos como a ansiedade e a depressão.
4.2.3. Doenças Metabólicas
Problemas de saúde como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares são frequentemente considerados puramente genéticos ou inevitáveis com o envelhecimento. Contudo, a epigenética demonstra que esses distúrbios são fortemente influenciados por fatores externos, como a dieta, o exercício físico e o estresse. Fatores de estilo de vida podem afetar a expressão de genes relacionados ao metabolismo, desencadeando ou prevenindo o desenvolvimento dessas doenças.
Tabela 3: Alterações Epigenéticas e Doenças Associadas
| Doença | Alteração Epigenética Associada | Evidências de Suporte | Fontes Relevantes |
|---|---|---|---|
| Câncer | Hipermetilação de genes supressores de tumor; Hipometilação de oncogenes; Modificações de histonas. | Inativação de genes supressores de tumor e ativação de oncogenes; Desregulação da expressão de ncRNAs que promovem o crescimento tumoral. | |
| Alzheimer | Metilação do DNA e modificações de histonas em genes neuroprotetores. | Influência de fatores externos (estilo de vida) na progressão da disfunção neurocognitiva. | |
| Esquizofrenia | Interação entre predisposição genética e exposição ambiental. | Hipótese epigenética substitui o modelo "gene para transtorno X"; Modificações epigenéticas que comprometem a neuroplasticidade. | |
| Diabetes Tipo 2 | Alterações epigenéticas em genes relacionados ao metabolismo e regulação de hormônios. | Influência de dietas desequilibradas e estilo de vida sedentário na expressão gênica. | |
V. O Futuro da Medicina: Diagnóstico e Terapia Epigenética
A compreensão do epigenoma não é apenas uma conquista teórica; ela está abrindo caminho para uma revolução na medicina, com novas ferramentas para diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças.
5.1. Inovações Diagnósticas e de Monitoramento
Uma das inovações mais promissoras é o uso de testes epigenéticos para medir a "idade biológica" de um indivíduo, que reflete o estado de saúde do corpo, em contraste com a idade cronológica, que é baseada no tempo desde o nascimento. Ferramentas como o teste epigenético TruAge medem modificações no DNA para fornecer uma visão detalhada de como o estilo de vida e o ambiente estão afetando o corpo a nível molecular. Esses testes têm o potencial de revelar a predisposição para doenças crônicas, como câncer, distúrbios metabólicos e doenças cardiovasculares, permitindo a adoção de medidas preventivas muito antes do surgimento de sintomas.
5.2. Estratégias Terapêuticas: Uma Revolução na Intervenção
O campo da "terapia epigenética" emerge com o objetivo de reverter padrões epigenéticos anormais associados a doenças. Diferente das terapias genéticas que buscam corrigir defeitos na sequência do DNA, a terapia epigenética visa restaurar a expressão gênica alterada.
Drogas e abordagens terapêuticas estão sendo desenvolvidas para essa finalidade. Por exemplo, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA já aprovou a Azacitidina e a Decitabina, agentes de metilação do DNA, para o tratamento de certas condições. A pesquisa mais recente mostra o potencial de novas drogas epigenéticas, como o tazemetostat, que foi originalmente desenvolvido para tratar o linfoma, mas se mostrou eficaz em ativar o sistema imunológico contra tumores sólidos, como o câncer de bexiga. Além disso, a terapia com células CAR-T está sendo aprimorada para mirar em proteínas-alvo que são produzidas como resultado de uma desregulação epigenética em tumores. Curiosamente, a pesquisa também sugere que a psicoterapia pode induzir modificações epigenéticas benéficas que afetam a neurobiologia de transtornos mentais, abrindo novas fronteiras para o tratamento e a prevenção.
5.3. A Promessa da Medicina Personalizada
A capacidade de diagnosticar e intervir em nível molecular antes do aparecimento de sintomas é um pilar da medicina do futuro. A epigenética move a medicina de uma abordagem reativa, focada no tratamento da doença após sua manifestação, para uma abordagem proativa e individualizada. Ao compreender como os fatores de estilo de vida moldam a expressão gênica de cada indivíduo, os profissionais de saúde podem elaborar protocolos terapêuticos e preventivos "sob medida", promovendo uma saúde mais precisa e holística. O indivíduo, por sua vez, é capacitado a se tornar um agente ativo em sua própria saúde, tomando decisões informadas que podem alterar positivamente seu próprio epigenoma.
VI. Conclusão: Uma Visão Holística da Saúde
A epigenética é mais do que uma área de pesquisa; ela representa uma mudança de paradigma na biologia e na medicina. A sua essência reside na revelação de que a vida de um organismo não é pré-programada exclusivamente pelo seu código genético, mas é uma narrativa em constante evolução, moldada pela interação contínua entre o genoma e o ambiente.
Este relatório detalhou os mecanismos moleculares que orquestram a expressão gênica — metilação do DNA, modificações de histonas e a regulação por ncRNAs — e demonstrou como eles formam uma rede de controle sofisticada e dinâmica. A análise também explorou o papel do epigenoma em processos biológicos fundamentais, como a diferenciação celular, e elucidou como fatores de estilo de vida, como dieta e estresse, se tornam mediadores de nossa saúde. Além disso, a capacidade de transmitir marcas epigenéticas através de gerações sugere um mecanismo de adaptação rápido, mas também destaca a necessidade de uma visão de saúde que transcende o indivíduo para abranger a sociedade e seu legado.
Em termos clínicos, a epigenética oferece uma nova perspectiva sobre a etiologia de doenças complexas, desde o câncer e distúrbios metabólicos até transtornos mentais, e pavimenta o caminho para a próxima geração de terapias personalizadas. A promessa da terapia epigenética, juntamente com as inovações em testes diagnósticos, sinaliza um futuro onde a medicina será cada vez mais preventiva, individualizada e proativa.
Em suma, a epigenética une a biologia molecular à saúde pública, à nutrição e à psicologia, proporcionando uma compreensão mais completa e integrada da saúde. O estudo do epigenoma nos lembra que, embora a sequência genética seja uma parte imutável da nossa identidade, temos a capacidade de moldar como essa identidade se manifesta, influenciando o curso de nossa própria biologia.
19 de set. de 2025
ABELHAS "COMPARTILHANDO" GENES COM SERES HUMANOS (?!)
REPRODUZIDO DE:
https://umsoplaneta.globo.com/google/amp/biodiversidade/noticia/2025/09/17/genes-compartilhados-entre-abelhas-e-humanos-podem-revelar-origens-antigas-do-comportamento-social.ghtml
DESTAQUES:
1) Um estudo recente publicado na revista PLOS Biology revelou que alguns mecanismos genéticos que influenciam o comportamento social em abelhas também podem estar presentes em humanos. Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, identificaram variantes genéticas em abelhas-melíferas que se associam à interação social, localizadas em genes previamente ligados a condições como o autismo em humanos.
2) A pesquisa combinou sequenciamento genético, análise de expressão gênica cerebral e observação comportamental para compreender a variação na sociabilidade das abelhas (Apis mellifera). As cientistas estudaram três colônias e marcaram os insetos com minúsculos códigos de barras, permitindo rastrear automaticamente suas interações dentro de colmeias de vidro. O sequenciamento completo do genoma de 357 abelhas identificou 18 variantes genéticas relacionadas à troca de alimentos entre os indivíduos, comportamento conhecido como “trophallaxis”.
Dentre essas variantes, destacam-se os genes neuroligin-2 e nmdar2, que compartilham sequências semelhantes a genes humanos associados ao autismo. A análise do transcriptoma cerebral revelou mais de 900 genes cuja expressão aumentava proporcionalmente à frequência das interações sociais das abelhas, reforçando a ligação entre genética e sociabilidade.
3) Os resultados sugerem que, mesmo com uma divergência evolutiva de mais de 600 milhões de anos entre humanos e abelhas, existem fundamentos moleculares antigos do comportamento social que foram conservados ao longo da evolução. "Característica central de todas as sociedades é que os membros do grupo frequentemente interagem entre si, mas variam em sua tendência a fazê-lo. Identificamos raízes moleculares da sociabilidade conservadas evolutivamente, compartilhadas entre espécies filogeneticamente distintas, incluindo humanos", destacam os autores do estudo.
4) Para Ian Traniello, líder da pesquisa, as abelhas oferecem um modelo ideal para rastrear o comportamento de toda a colônia ao longo da vida dos indivíduos. "Conseguimos monitorar o que cada abelha faz, como interage via troca de alimentos e onde passa seu tempo. Combinando isso com sequenciamento de DNA e análise de expressão cerebral, podemos investigar os fundamentos moleculares da organização social e testar se alguns desses elementos são conservados entre espécies", explica Traniello.
17 de set. de 2025
CARNES NA ALIMENTAÇÃO HUMANA: ABORDAGEM ECOLÓGICA-ECONÔMICA
REPRODUZIDO DE:
https://www.poder360.com.br/opiniao/a-bisteca-como-encarnacao-do-mal/
OBS.: INICÍO COM CONSIDERAÇÕES SOBRE CUSTOS AMBIENTAIS PROVENIENTES DA GERAÇÃO DE PROTEÍNA ANIMAL
ACESSAR:http://ecologiaemfoco.blogspot.com/2016/11/por-que-cereais-e-menos-carne-na.html
(nesta postagem, destaques para):
AGORA, A AVALIAÇÃO DO AUTOR OBJETO DESTA POSTAGEM: XICO GRAZIANO
DESTAQUES:
1) Cada ser humano coma o que desejar. Ser vegetariano ou vegano é uma decisão pessoal a ser respeitada. Agora, negar a alimentação animal em nome da salvação da humanidade significa condenar a história.
2) Na agenda ambiental, diferentemente do que supõem os críticos, estima-se uma queda acentuada na pegada de carbono oriunda da criação animal. Para um crescimento estimado de 13% na produção pecuária, espera-se que as emissões de gases de efeito-estufa se elevem em apenas 6%.
3) Desgraça é ver esse negacionismo influenciar políticas públicas, como temos visto ocorrer nas conferências ambientais promovidas pela ONU. A visão da pecuária como vilã do clima levou, por exemplo, ao corte de 40% da carne no cardápio das refeições a serem servidas na COP30, a ser realizada em Belém, no Pará.
15 de set. de 2025
ONDE PLÁSTICOS NÃO ESTIVEREM...NÃO DEVE SER PLANETA TERRA!
AMAZÔNIA É NO PLANETA TERRA, PORTANTO...
https://agenciabrasil.ebc.com.br/meio-ambiente/noticia/2025-09/fiocruz-alerta-para-contaminacao-da-amazonia-por-plasticos
DESTAQUES:
1) Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, aponta contaminação por resíduos plásticos na Amazônia.
A pesquisa revela impactos em ambientes aquáticos e terrestres, além de potenciais danos à saúde humana, especialmente entre comunidades ribeirinhas e indígenas.
2) O artigo científico foi publicado recentemente na revista Ambio, especializada em meio ambiente e sociedade. É a primeira revisão sistemática da literatura sobre o tema no bioma amazônico.
Ao todo, foram analisados 52 estudos revisados por pares que identificaram poluição por plásticos (macro, meso, micro e nanoplástico) em fauna, flora, sedimentos e água.
3) São toneladas de lixo flutuante, descartadas por moradores de diferentes áreas urbanas, embarcações e pelas próprias comunidades, o que contribui para que os resíduos atravessem cidades e países.
Segundo o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, a revisão evidencia um problema maior do que o estimado.
4) “Revisamos uma gama de relatos sobre lixo e fragmentos de plástico em ambientes terrestres e aquáticos do bioma amazônico, o que indica um impacto muito maior do que a maioria das pessoas imagina”, complementa.
A bióloga Jéssica Melo, uma das autoras do artigo, destaca que a poluição plástica é uma crise global, mas ainda pouco estudada na Amazônia, mesmo sendo a maior bacia hidrográfica do planeta.
5) “A contaminação de fontes importantes de alimentos e de água representa um grande risco para a saúde de populações tradicionais. Identificamos lacunas urgentes em pesquisas, especialmente em fauna não piscícola, áreas remotas e outros países amazônicos. Destacamos a necessidade de mitigação direcionada por meio da gestão de resíduos e da educação”, diz Melo.
6) Pesquisadores do Instituto Mamirauá relatam que, no interior do Amazonas, o lixo doméstico antes era majoritariamente orgânico. Mas, hoje, os rios estão repletos de garrafas PET e embalagens plásticas.
14 de set. de 2025
DA COP 21 A COP 30…HÁ PROGRESSOS?
Reunir países com interesses os mais diversos, já pode ser considerado um grande avanço, mas...
BREVES CONSIDERAÇÕES
Quanto tempo já se passou e nosso verde-esperança, simbologia da renovação, continua pujante, no cérebro de quem (ainda) acredita nas boas intenções dos seres humanos atores decisivos das sociedades.
A COP 21, em Paris, gerou intenções que pareciam amenizar os efeitos negativos dos desmatamentos e queima de combustíveis fósseis dentro do prazo de alguns poucos anos. Nessa reunião os países em desenvolvimento reivindicaram aos desenvolvidos (que já poluíram muito e tiveram seus PIBs elevados) que financiassem os de PIB menor, proporcionando-lhes transferência de tecnologia e capacitação, para daí então participarem do seleto grupo dos preocupados em controlar a emissão dos gases causadores do aquecimento global; atingindo a meta do mínimo de interferência nas mudanças climáticas.
Mas o que se via é que cada COP mais parecia ser um preparatório para a COP seguinte. Porque sempre se tornava a falar de metas, visto que estudos publicados nas revistas "Nature Climate Change e Nature Communications" indicam que manter o aquecimento em 1,5°C talvez não seja mais suficiente para impedir o colapso de geleiras na Groenlândia e na Antártida.
Sucederam-se as COPs, numa delas enfatizando "O mercado de carbono no combate ao aquecimento global ao transformar a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) numa mercadoria, gerando créditos que representam uma tonelada de CO2 ou seu equivalente não emitida ou removida da atmosfera". Através desse sistema, que pode ser regulamentado ou voluntário, empresas e países que emitem mais podem comprar créditos de quem emite menos, incentivando investimentos em tecnologias de baixo carbono e práticas sustentáveis, como o reflorestamento.
Será que vai prevalecer o ditado acachapante "a teoria, na prática, é outra"? Aproveitando os avanços da modernidade, pedi ajuda à IA, que assim me presenteou: "A frase "a teoria na prática é outra" significa que, embora um conceito possa parecer correto e aplicável em um ambiente idealizado, sua aplicação no mundo real é muitas vezes mais complexa, afetada por fatores como o erro humano, imprevistos e a necessidade de adaptação a contextos específicos que a teoria não contemplou. Ela aponta para o dilema entre o conhecimento abstrato e a realidade concreta, evidenciando que a prática exige a reflexão sobre a teoria e a flexibilidade para ajustá-la quando necessário".
Finalizando, vários países produtores de petróleo sediaram COPs, como os Emirados Árabes Unidos (COP 28) e o Azerbaijão (COP 29) e em breve o Brasil (COP 30), que embora seja também um produtor, tem uma forte indústria ligada à energia e às suas reservas de petróleo e gás. A realização das COPs nesses países é um ponto de controvérsia, dado o seu papel histórico e atual na produção de combustíveis fósseis, que são os principais responsáveis pelas mudanças climáticas.
12 de set. de 2025
CERRADO! SEMPRE EM DESTAQUE POR SER O 2° BIOMA COM MAIOR DEGRADAÇÃO!
REPRODUZIDO DE:
https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2025/09/7246103-segundo-bioma-do-brasil-cerrado-sofreu-o-maior-desmatamento-do-pais.html
DESTAQUE:
1) Com mais de 2 milhões de quilômetros quadrados, em uma área que supera países como México, Indonésia e Mongólia, o cerrado é o segundo maior bioma da América Latina, além de possuir uma das maiores biodiversidades do mundo. Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região, incluindo povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e extrativistas, além de cerca de 332 mil espécies de animais e plantas. Diante disso, o dia 11 de setembro também é a data em que se recorda a importância desse bioma a nível nacional e internacional.
2) Apesar de seu enorme valor, o cerrado foi o segundo bioma mais ameaçado em relação à perda de biodiversidade em 2024. Segundo o MapBiomas, em 2024, o bioma teve a maior área desmatada do Brasil. Foram desmatados 652.197 hectares, o que representa mais da metade (52,5%) do total desmatado no país ao longo de todo ano. De acordo com o doutor em desenvolvimento sustentável pela Universidade de Brasília (UnB), Christian Della Giustina, o cerrado é considerado um hotspot — característica conferida a uma região com rica biodiversidade e alto grau de ameaça.
3) O desmatamento do bioma vem sendo explorado desde a década de 70, na Revolução Verde, como recorda o especialista. "Essa agricultura se expandiu, principalmente, nas áreas planas, das chapadas. Hoje, basicamente, o que se a gente tem de remanescente da vegetação nativa, são áreas acidentadas, que a agricultura não consegue aproveitar. Não consegue botar um trator, por causa do relevo acentuado" frisa o especialista.
10 de set. de 2025
ESPERANÇA PARA SOLUCIONAR DIFICULDADES DE RECICLAGEM DE PLÁSTICOS
REPRODUZIDO DE:
https://www.kimm.re.kr/eng/sub011001/view/id/1435
DESTAQUES:
1) A era da reciclagem de plástico sem complicações está se tornando realidade!
– Projeto de Plasma liderado pelo KIMM desenvolve a primeira tecnologia do mundo
para reciclar resíduos plásticos mistos sem separação.
2) O inconveniente de separar plásticos para reciclagem pode em breve ser coisa do passado. Uma equipe de pesquisadores coreanos desenvolveu a primeira tecnologia do mundo que pode reciclar quimicamente resíduos plásticos mistos em matérias-primas de forma altamente seletiva, sem a necessidade de triagem rigorosa ou remoção de rótulos.
3) O Instituto Coreano de Máquinas e Materiais (Presidente Seog-Hyeon Ryu, doravante denominado "KIMM"), subordinado ao Conselho Nacional de Pesquisa em Ciência e Tecnologia (NST), anunciou que seu Centro de Processo de Plasma para Reciclagem de Materiais Orgânicos (liderado pelo Dr. Young-Hoon Song), em colaboração com o Instituto Coreano de Pesquisa em Tecnologia Química (KRICT), o Instituto Coreano de Tecnologia Industrial (KITECH), o Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia (KIST) e diversas universidades, desenvolveu com sucesso um processo inovador de conversão de plasma. Este processo transforma uma ampla variedade de resíduos plásticos diretamente em matérias-primas químicas, estabelecendo um novo marco para a indústria química e a política ambiental da Coreia.
4) O processo recentemente desenvolvido converte resíduos plásticos mistos em etileno e benzeno usando plasma, um gás altamente energizado em temperaturas extremas, com cinética de reação muito mais rápida e maior eficiência de transferência de energia em comparação à pirólise convencional.
□ A equipe de pesquisa do KIMM conseguiu desenvolver a primeira tocha de plasma de ultra-alta temperatura do mundo, alimentada inteiramente por hidrogênio. Operando a 1.000–2.000 °C, a tocha decompõe resíduos plásticos mistos em menos de 0,01 segundo. Ao controlar a temperatura e o tempo de reação, os pesquisadores alcançaram níveis de seletividade de 70–90% e rendimentos de etileno superiores a 70%. Após a purificação, mais de 99% da produção pôde ser assegurada como matéria-prima de alta pureza para a fabricação de plásticos.
4) Até agora, os resíduos plásticos têm sido tratados principalmente por meio de incineração, recuperação de energia ou formas limitadas de reciclagem mecânica e química. A taxa de reciclagem química tem se mantido abaixo de 1% devido aos altos custos e à necessidade de uma pré-triagem rigorosa. A pirólise tradicional normalmente ocorre a 450–600 °C, produzindo uma mistura de mais de uma centena de subprodutos químicos, dos quais apenas 20–30% são úteis na prática.
5) O processo de plasma desenvolvido pela equipe do programa supera essas limitações. Sua operação em temperaturas ultra-altas quebra rapidamente as estruturas poliméricas, ao mesmo tempo em que suprime a formação de carbono, utilizando 100% de combustível de hidrogênio. Como resultado, o processo não apenas garante estabilidade operacional a longo prazo, como também permite a conversão seletiva de mais de 70 a 80% dos produtos em etileno e benzeno. Notavelmente, até mesmo ceras — antes inutilizáveis na pirólise — puderam ser convertidas com mais de 80% de seletividade, aumentando a eficiência energética.
7 de set. de 2025
AGRICULTURA REGENERATIVA. BENEFÍCIOS AMPLOS E IRRESTRITOS (?!)
De início algumas perguntas de iniciativa do responsável por este ecologiaemfoco:
1) Prevalecerá o bom relacionamento e bom entendimento entre a iniciativa privada e os órgãos públicos de pesquisa e extensão?
2) Agronegócio e agricultura familiar conviverão harmoniosamente sob aceitação e supervisão do governo?
3) Baseiam-se as iniciativas no tripé: fundamentação agroecológica, legislação ambiental e desenvolvimento socio-econômico?
4) Apoio irrestrito à perpetuidade dos institutos de pesquisa, com ênfase na execução/aplicação dos conhecimentos gerados pela agroecologia?
REPRODUZIDO DE:
https://exame.com/esg/do-chocolate-ao-cafe-a-aposta-bilionaria-de-gigantes-de-alimentos-em-agricultura-regenerativa/
DESTAQUES:
1) Mais do que apenas sustentar o que já existe, a agricultura regenerativa se propõe a ir além: reconstrói ecossistemas degradados, devolve vida e saúde ao solo e reestabelece ciclos naturais que foram interrompidos por décadas de práticas convencionais no campo.
2) Não existe receita pronta ou fórmula mágica. Cada produtor escolhe um caminho, mas as soluções passam por técnicas já conhecidas como plantio direto, uso de bioinsumos, substituição de monoculturas e integração de lavoura e pecuária emsistemas agroflorestais.
3) O programa capacita agricultores na implementação de sistemas agroflorestais que restauram a biodiversidade local.
Já há resultados tangíveis: no Brasil, mais de 1.900 produtores contemplados pela iniciativa alcançaram um aumento médio de 40% na produção e de 35% na renda familiar.
[Nesta publicação são relatados diversos empreendores envolvidos nessa iniciativa].
4) Apesar dos projetos promissores em curso, os executivos são unânimes ao apontar gargalos estruturais que limitam a expansão da agricultura regenerativa no Brasil.
5) Desafios na ordem de bilhões. A exemplo do Cerrado, seriam necessários investimentos estimados em US$ 55 bilhões(R$ 286 bilhões), com retorno de até 19% no marco de 2050 para a transição de 32,3 milhões de hectares com potencial para regeneração.
UM POUCO DE PROPAGANDA DA
COP30: a grande vitrine brasileira.
Com a COP30 à vista, as executivas também enxergam uma oportunidade histórica para o Brasil se consolidar como líder mundial na agenda.
Confesso que continuo me esforçando em ver resultados realmente positivos nessas reuniões!
Tomara que vá além de "preparatória para a próxima" (COP 31)!!!
6 de set. de 2025
AMAZÔNIA: POSSÍVEL ORIGEM
REPRODUZIDO DE:
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2025/09/qual-e-a-origem-da-amazonia-parte-da-resposta-pode-estar-ligada-ao-asteroide-que-matou-os-dinossauros
Qual é a origem da Amazônia? Parte da resposta pode estar ligada ao asteróide que matou os dinossauros.
DESTAQUES:
1) Quando se fala em Amazônia, os dados são todos superlativos. Considerada o maior bioma brasileiro, a maior floresta tropical do mundo e o berço da maior biodiversidade entre as florestas tropicais do planeta, segundo informam dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, sua origem é alvo de estudos há tempos.
2) Por isso, entender qual é a origem da Amazônia e como a floresta se formou se torna tão importante para conservá-la. Uma das hipóteses para responder à essa pergunta é a de que o asteroide que caiu na Terra no final do período Cretáceo – e que teria dizimado os dinossauros – também pode ter sido o ponto de partida para o surgimento das atuais florestas tropicais na América do Sul, segundo informa um artigo da revista científica “Science”.
3) Atualmente, a floresta amazônica está presente em nove países da América do Sul – Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, além, é claro, do Brasil – e ocupa 40% do território do continente, alcançando aproximadamente 5 milhões de km². Se fosse um país, a Amazônia ocuparia o sétimo lugar em tamanho no mundo, continua a fonte.
4) Será que o asteróide que matou os dinossauros ajudou a criar a Amazônia?
Segundo a “Science”, a origem da floresta como a conhecemos hoje e de sua “impressionante biodiversidade” foi buscada na análise de 50 mil amostras de pólen fossilizado e de mais de 6 mil folhas de árvores da região amazônica.
5) Essa investigação conduzida por cientistas de universidades e institutos de Europa, China, Estados Unidos parte da América do Sul defende que o impacto do asteróide que matou os dinossauros afetou mais as plantas do tipo gimnospermas (como as coníferas), as quais – segundo a fonte – eram maioria na atual região amazônica. Já as plantas do tipo angiospermas (aquelas que possuem flores e frutos) se adaptaram melhor ao novo cenário e passaram a dominar o solo nos milhões de anos seguintes.
6) Além disso, “as mudanças geológicas que a Amazônia ocidental experimentou — montanhas subindo, costas se deslocando, rios mudando de curso", teriam favorecido “explosões de especiação”, ou seja, um boom de espécies novas que foram evoluindo, como detalha um outro artigo publicado no site da “Science” intitulado “Como a Amazônia se tornou um caldeirão de vida”.
5 de set. de 2025
DEVERÍAMOS NOS ORGULHAR DE AINDA TERMOS ESSE GIGANTESCO SER VIVO DOS ARES E DAS FLORESTAS!
REPRODUZIDO DE:
https://olhardigital.com.br/2025/09/04/ciencia-e-espaco/ninhos-da-maior-aguia-do-planeta-sao-encontrados-no-pantanal/
DESTAQUES:
1) Uma expedição realizada em Corumbá (MT), no Pantanal, fez uma descoberta que pode ajudar na conservação de uma das maiores aves de rapina do mundo. Após 13 anos de buscas, pesquisadores finalmente encontraram ninhos de harpias durante o período reprodutivo do animal.
2) Importância das harpias para o equilíbrio ambiental
Segundo informações do G1, a harpia é classificada como “quase ameaçada” de extinção na lista nacional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Nos últimos anos, o número de registros da espécie tem diminuído em todo o país.
As principais ameaças à sua sobrevivência são a perda de habitat, causada pelo desmatamento e expansão de atividades humanas, além da caça ilegal.
A presença da ave é um indicativo de que o ecossistema está saudável.
Por necessitar de florestas contínuas e extensas, a harpia é considerada uma espécie-bandeira na conservação das matas tropicais.
Como predadora, a águia ainda ajuda a controlar a população de mamíferos que vivem nas árvores, mantendo o equilíbrio do ambiente.
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