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9 de nov. de 2012

EXPERIMENTO PARA ESTIMAR O PONTO DE COMPENSAÇÃO DE LUZ DE UMA PLANTA


Experimento interessante e fácil de ser realizado, utilizando-se uma solução contendo indicador colorimétrico de pH (vermelho de cresol). É a solução de Kauko, que em pH ácido torna-se amarela (quando por exemplo o CO2 encontra-se nela dissolvido). Em equilíbrio com o ar atmosférico normal, a solução fica com a cor rósea. Utilizam-se também tubos de ensaio grandes, rolhas para os tubos, uma fonte de luz e um medidor de luminosidade (luxímetro ou fotômetro).

SOLUÇÃO DE KAUKO
Para 1 Litro de solução, em água destilada: 10 mg de vermelho de cresol,  8 mg de NaHCO3 e 7,46 g de KCl. Manter em recipiente hermeticamente fechado.
Importante: algumas horas (umas 3 horas) antes de realizar o experimento (ou medições), deixar o recipiente com a solução, aberto, para equilibrar o teor de CO2 da solução com o ar atmosférico ambiente.

Teste para observar a mudança de cor da solução de acordo com o teor de CO2 nela dissolvido:
A solução em contato com o ar atmosférico ambiente apresentará uma cor rósea (ou quase púrpura). Se você, por exemplo, soprar dentro de um tubo de ensaio contendo a solução, esta se tornará amarela.

Experimento:

Conceito de ponto de compensação (de acordo com o GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS, de Breno M. Grisi):


PONTO DE COMPENSAÇÃO (DE LUZ ou FÓTICO)
Refere-se à luminosidade na qual o O2 produzido na fotossíntese compensa o O2 consumido na respiração. Em ecologia aquática, a profundidade de compensação é aquela, na coluna de água, onde a produtividade primária e o consumo pela respiração se igualam, não ocorrendo produtividade líquida.

Assim sendo, colocam-se alguns mL da solução de Kauko num tubo de ensaio grande. Coleta-se uma folha da planta (ou pedaço dela, se esta for muito grande) e coloca-se no tubo de ensaio, sem que ela toque na solução (ela pode se sustentar nas paredes do próprio tubo de ensaio; ou pode-se colocar uma tela acima do nível da solução, que assim evitará que a folha toque na solução).
Após colocar a folha no tubo de ensaio, este  deve ser bem fechado (para evitar troca gasosa da solução com o ar externo).
Preparar outros tubos de ensaio, com folha, da mesma maneira acima descrita.
Cada tubo deve ser colocado a diferente distância de uma fonte de luz (incandescente). A quantidade de luz incidente pode ser medida com um luxímetro (medidor de intensidade luminosa) ou mesmo com um fotômetro.
No tubo em que a folha estiver fotossintetizando, a solução de Kauko apresentará uma cor rósea (ou púrpura). Isto significa que a folha retirou CO2 da solução. No tubo mais distante da fonte luminosa e no qual a folha não estará fotossintetizando plenamente, a cor da solução tenderá à cor amarela. Isto significa que a folha estará provavelmente, mais respirando do que fotossintetizando  ou seja, emanando CO2, que será absorvido pela solução.


Assim sendo, se colocarmos um tubo de ensaio contendo a solução de Kauko e uma folha, e deixarmos este tubo no escuro, a solução tomará a cor amarela, pois a folha estará apenas respirando.

No tubo em que a folha estiver fotossintetizando, a solução de Kauko apresentará uma cor rósea (ou púrpura). Isto significa que a folha retirou CO2 da solução.
Exatamente no tubo em que a solução apresenta-se rósea, mede-se a intensidade luminosa que incide nesse tubo de ensaio. Este será o ponto de compensação de luz dessa planta.

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