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23 de abr. de 2015

COMENTÁRIOS ADICIONAIS À ENTREVISTA DADA (NA TELEVISÃO) PELO AUTOR DESTE BLOG, SOBRE PLANEJAMENTO URBANO

Link da entrevista:



De início, vejamos um conceito de planejamento urbano, emitido por técnicos e funcionários dessa área de trabalho, na Carta dos Andes, na Colômbia em 1958:
"Em sentido amplo, planejamento é um método de aplicação, contínuo e permanente, destinado a resolver, racionalmente, os problemas que afetam uma sociedade situada em determinado espaço, em determinada época, através de uma previsáo ordenada, capaz de antecipar suas posteriores consequências". [grifos meus]

Muitos seriam os exemplos da importància do planejamento urbano, conforme conceituado acima.  No Rio de Janeiro, por exemplo, no final de 2010/início de 2011, estima-se que com um investimento de cerca de R$180 milhões em prevenção, teria sido evitada a catástrofe causada pelas chuvas (desmoronamentos, desabamentos, dezenas de vida humana perdidas...). Valor muito menor do que os cerca de R$2 bilhões alocados posteriormente para a remediação. Quantia essa que bem sabemos ter sido não totalmente aplicada em benefício da sociedade afetada. Outro exemplo: em janeiro de 2012 desabou um prédio de 20 andares na Cinelândia, Rio de Janeiro (em reforma) que há 70 anos fôra construído sobre aterro de uma antiga lagoa. Nessa condição, qualquer pequena modificaçáo em tal prédio, poderia se refletir num grande problema em sua estrutura.

Segundo apontou certo urbanista, náo se pode mais falar em "planejamento,, na maioria de nossas grandes cidades. O correto seria dizer "remediação" urbana!

Numa suposta situacão de planejamento urbano, far-se-ia imprescindível a participação de equipe multidisciplinar: arquiteto urbanista, engenheiros (civil, sanitarista, hidráulico, eletricista...), geógrafo, ecólogo, sociólogo urbanista, antropólogo, turismólogo...e possíveis outros profissionais, conforme as peculiaredades ambientais do local planejado para ser modificado.

Uma capital como João Pessoa (objeto da entrevista que gerou esta postagem), tem suas possibilidades de "remediaçáo urbana" limitadas náo somente pelos recursos insuficientes para modificações necessárias e espaços para expansão restritos, mas também porque nosso modelo de "mobilidade urbana" fundamentado em deslocamentos intensos e frequentes (predominància do automóvel, as pessoas residindo num bairro e exercendo atividades em outros bairros distantes...), dificultam ou até, impossibilitam ações práticas.

Há situações em que se faz necessário um diagnóstico "socioambiental",  como é o caso da convivência de vários bairros de João Pessoa com o rio Jaguaribe.
 É muito comum vermos propagandas de iniciativas imobiliárias em que se tenta valorizar o empreendimento alardeando a existência de água, energia, rua calçada, mas quase nunca esgotamento sanitário. O descompasso entre as ações de infraestrutura, por parte da prefeitura e o agente fimanciador (que muitas vezes só autorizam financiamento para imóveis em locais com infraestrutura), prejudicam os candidatos a novas moradias.


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