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7 de set. de 2024

A MAIOR ÁREA ALAGADA DO MUNDO! POR QUANTO TEMPO MAIS?!

REPRODUZIDO DE: https://jornal.usp.br/radio-usp/avanco-da-degradacao-mostra-que-fim-do-pantanal-como-bioma-se-aproxima/ DESTAQUES 1) Esta semana, a ministra Marina Silva, em audiência no Senado, disse que poderemos perder o Pantanal até o final do século, segundo pesquisas científicas. Ela afirmou que, a cada ano, a cobertura vegetal da região diminui devido ao desmatamento e às queimadas, o que prejudica seriamente a bacia hidrográfica. Durante a audiência, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima disse ainda que é preciso aumentar cada vez mais os esforços e recursos para lidar com as consequências das mudanças climáticas. Pedro Luiz Côrtes, do Instituto de Energia e Ambiente da USP, comenta: ”Os indicadores são cada vez mais evidentes de que uma crise muito séria já se estabeleceu no Pantanal. Nós estamos perdendo realmente o Pantanal a olhos vistos”. 2) Pior do que o esperado! Côrtes, na verdade, discorda da ministra. Mas não para aliviar a situação: o professor acredita que Marina Silva foi otimista e que, na sua visão, o Pantanal poderia acabar muito antes. “Baseado em um levantamento do MapBiomas, que mostra a redução da superfície de água no Pantanal, desde 1985 até o ano passado, eu digo que a ministra foi comedida nas suas observações. Porque, pelo avanço da degradação, da redução da quantidade de água no Pantanal, eu digo que na metade deste século ou por volta de 2060, já não tenhamos mais o Pantanal como um bioma.” A característica marcante do Pantanal, de ser uma planície alagável, intercalando períodos de cheia com de seca, está em risco de acabar. Mesmo na seca, o bioma ainda mantém seus espelhos d’água, mas que diminuem de maneira acelerada. “A redução da quantidade de água é muito significativa nos últimos 40 anos e se acentuou neste século”, diz Côrtes.
3) Causas. Essa redução é causada por motivos como o desmatamento da Amazônia, que tem reduzido as chuvas que ajudam a irrigar o Pantanal, e do Cerrado, o que compromete o abastecimento de rios e nascentes importantes. O caso da Amazônia é o fenômeno dos rios voadores, em que a umidade da floresta atravessa o Brasil de Norte a Sul e precipita ao longo do caminho. Com menos área florestada, porém, diminui também o potencial desse ciclo hídrico.

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