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7 de jun. de 2012

AVANÇO DE METAS AMBIENTAIS GLOBAIS EM 40 ANOS É QUASE NULO, SEGUNDO A ONU

[ROBERTA PENNAFORT / RIO - O Estado de S.Paulo]




Das 90 metas ambientais mais importantes traçadas pelos países nos últimos 40 anos, só 4 avançaram significativamente. Divulgado ontem, o diagnóstico fez soar o alerta a uma semana do início da Rio+20: de nada adiantam os acordos se não houver prazos, monitoramento e cobrança.

A conclusão é fruto do Panorama Ambiental Global (GEO-5), análise cuidadosa feita por cientistas de todo o mundo a cada cinco anos, coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

O relatório, que consumiu dois anos e meio de trabalho de mais de 300 especialistas, enumera desafios já conhecidos, como as mudanças climáticas, a perda progressiva de biodiversidade e a escassez de água.

O diagnóstico será enviado aos mais de 180 representantes de governos presentes à Rio+20. A ONU espera que os dados - em sua maioria alarmantes, apesar de alguns aspectos positivos na comparação com os GEOs anteriores, como a redução do desmate na Amazônia e o esforço chinês para o reflorestamento, a diminuição da poluição do ar e os investimentos em energias renováveis - impactem as decisões. No entanto, não há garantias.

"Nos últimos 20 anos, muitos desses relatórios foram jogados no lixo. Mas hoje existe uma inquietação na sociedade que não permite que aconteça de novo", disse Achim Steiner, do Pnuma.

"As ações têm que começar ontem. Estamos vindo de uma inércia de 20 anos, e a Rio+20 é o momento de romper com isso. Em muitos aspectos já não há mais volta", disse Carlos Nobre, que representou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Entre as 90 metas, as 4 mais bem-sucedidas foram o fim da produção de substâncias que destroem a camada de ozônio, a eliminação do chumbo em comestíveis, a melhoria do acesso à água e o incremento nas pesquisas para reduzir a poluição.

nas áreas de preservação de estoques de peixes e de freio nos processos de desertificação, secas e de mudanças climáticas não se avançou. Em 24 metas verificou-se pouco ou nenhum avanço e em 8, entre elas a relacionada às condições dos recifes de coral no mundo, uma piora do quadro em relação aos relatórios anteriores.

O capítulo dedicado à América Latina e Caribe - região detentora de um terço da água do planeta e um quarto das florestas - lista como maior problema a desigualdade social.




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