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10 de fev. de 2025

MAIS NANO/MICROPLÁSTICOS NO CÉREBRO HUMANO DO QUE NO FÍGADO E RINS!!!

REPRODUZIDO (RESUMIDO) DE: https://www.nature.com/articles/s41591-024-03453-1
FOTO ACIMA: visualização de estruturas no cérebro reputadas como plásticos. As crescentes concentrações globais de microplásticos ambientais e nanoplásticos (MNPs) gera preocupações com a exposição humana e os resultados na saúde. Métodos complementares para a detecção robusta de MNPs teciduais, incluindo cromatografia gasosa de pirólise - espectrometria de massa, refletância total atenuada - espectroscopia infravermelha (transformada de Fourier) e microscopia eletrônica com espectroscopia de dispersão de energia, confirmam a presença de MNPs no rim, fígado e cérebro humanos. Os MNPs nesses órgãos consistem principalmente de polietileno, com concentrações menores, mas significativas, de outros polímeros. Os tecidos cerebrais abrigam proporções maiores de polietileno em comparação com a composição dos plásticos no fígado ou no rim, e a microscopia eletrônica verificou a natureza dos MNPs cerebrais isolados, que se apresentam em grande parte como fragmentos semelhantes a fragmentos de nanoescala. As concentrações plásticas nesses tecidos de pessoas falecidas não foram influenciadas pela idade, sexo, raça/etnia ou causa de morte; o momento da morte (2016 versus 2024) foi um fator significativo, com concentrações crescentes de MNP ao longo do tempo em amostras de fígado e cérebro (P = 0,01). Finalmente, um acúmulo ainda maior de MNPs foi observado em uma coorte de cérebros de falecidos com diagnóstico documentado de demência, com deposição notável em paredes cerebrovasculares e células imunes. Esses resultados destacam uma necessidade crítica de entender melhor as rotas de exposição, captação e vias depuração e possíveis consequências para a saúde dos plásticos nos tecidos humanos, particularmente no cérebro. As concentrações ambientais de microplásticos e nanoplásticos antropogénicos (MNP), partículas à base de polímeros que variam entre 500 µm de diâmetro e 1 nm, aumentaram exponencialmente ao longo do último meio século. A extensão em que as MNPs causam danos ou toxicidade humana não é clara, embora estudos recentes tenham associado a presença de MNPs em ateromas carotídeos com aumento da inflamação e risco de futuros eventos cardiovasculares adversos. Em estudos controlados de cultura de células e de exposição animal, as MNPs exacerbam doenças ou conduzem a resultados tóxicos, mas em concentrações com relevância pouco clara para exposições humanas e cargas corporais. O mantra do campo da toxicologia – “a dose faz o veneno” (Paracelsus) – torna tais descobertas facilmente previsíveis; o que não é claramente compreendido é a distribuição tecidual e a dose interna de MNPs em humanos, o que confunde nossa capacidade de interpretar os resultados do estudo de exposição controlada.

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