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27 de mar. de 2014

PRAZOS "COMPRIDOS E POUCO CUMPRIDOS"... O PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO SE ARRASTA, SENDO UM DOS PROBLEMAS O COMPROMETIMENTO COM A QUALIDADE DA ÁGUA


http://ne10.uol.com.br/canal/interior/sertao/noticia/2014/02/08/na-contramao-da-transposicao-do-rio-sao-francisco-470078.php

No link acima, sob título 

"Na contramão da transposição do Rio São Francisco"

são mostrados aspectos muito importantes relacionados à qualidade da água do projeto de integração do rio São Francisco.
Alguns trechos do documento estão aqui transcritos.

Definidas as últimas licitações para a execução das obras da transposição do rio São Francisco, redimensionados os prazos de conclusão, restabelecidas as metas e retomado o andamento, a obra avança inexoravelmente. Na contramão da construção, porém, alguns obstáculos terão de ser superados para o aproveitamento dessa água – que já está saindo cara.

O pesquisador e doutor em Recursos Naturais, Augusto Silva Neto, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), ressalta três pontos essenciais que devem ser resolvidos pelos estados receptores para o aproveitamento adequado das águas do São Francisco pela população: o esgotamento sanitário nas cidades ao longo dos leitos dos rios e reservatórios, a educação ambiental da população que mora nas áreas rurais e, no caso do rio Paraíba, o controle na extração mecanizada de areia no leito do rio para uso na construção civil, que traz grandes problemas ambientais. “É necessária uma ação conjunta da população, dos empresários, dos agricultores e também dos governos… De todos que irão se beneficiar com a chegada desse precioso recurso hídrico”, destaca Augusto Neto.

“Quem está lá é que sabe do que precisa”, diz, apontando falta de influência da população nas políticas públicas destinadas à região. “O povo que mora na região ribeirinha tem que ser capaz de atuar em parceria para a preservação e participar das decisões. A população tem que se unir para preservar o sistema e só com educação ambiental é que isso vai acontecer”.

RIO PARAÍBA: ESGOTOS SEM TRATAMENTO ADEQUADO - De Pernambuco à Paraíba, as águas do Velho Chico, consideradas de excelente qualidade nesse trecho, deverão seguir do reservatório Barro Branco, na altura de Sertânia, em Pernambuco, por galerias subterrâneas ladeando a cidade de Monteiro (PB) até a calha do rio Paraíba, explica o fiscal de campo Marcílio Lira de Araújo. Dali, cruzará com a BR 110 na entrada do município de Monteiro, de onde continuará até o reservatório Poções, distante cerca de 15 km. As obras do Eixo Leste se encerram com a chegada das águas neste açude, já no estado da Paraíba.

A partir do Poções, as águas deverão seguir o leito do rio Paraíba, perenizando este rio intermitente, que nasce e deságua em solo paraibano e é um dos principais mananciais hídricos do Estado. Contudo, o professor e pesquisador Augusto Silva Neto, que há mais de 30 anos pesquisa o rio, afirma que todos os municípios próximos a ele lançam esgotos sem tratamento diretamente no leito. “Todos, sem exceção”, garante. Ou seja: as águas do São Francisco, misturadas às do rio Paraíba, estariam contaminadas ao chegar à população paraibana.


Em Monteiro (PB), canal de esgotos pluviais recebe esgoto direto de 
residências e despeja o dejeto bruto no rio Paraíba 


Afluente do rio Paraíba, o Canal treze de Maio, em Itabaiana (PB), recebe 
esgotos domésticos sem tratamento. Município não tem rede de esgotos


Mesmo contra lei municipal de Itabaiana (PB), empresas extraem areia 
diariamente do leito do rio Paraíba, como a do empresário Antonio Ferreira de Araújo

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